sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Hoje o caminho é trançado



Nós podemos trilhar caminhos diferentes todos os dias, ainda que pareçam iguais.

Um leque de oportunidades é apresentado a cada dia e cabe a você escolher o que vai ser. 

Quais são as experiências que você deseja viver hoje? Quais são as conexões que você deseja fazer hoje?

Podemos escolher, a cada minuto, o que será e como será.

Eu costumava escolher sempre o mesmo caminho, na ilusão de que assim teria sempre comigo as mesmas pessoas. Em troca, eu era sempre igual, previsível e compreensiva. Assim, acorrentados, seguíamos.

Durante anos eu carreguei pessoas comigo, como se a minha história e as minhas memórias dependessem dessa ligação. Como se o amor que eu recebia dependesse da minha complacência.

O meu corpo sentia esse peso. O meu pescoço, o meu sistema digestivo, as unhas roídas, a rinite. Havia peso, havia relações não digeridas, havia uma necessidade profunda de mudança.

Não, não foi aos poucos. Foi uma explosão. Romperam-se as correntes e eu estava liberta... e sem muletas. 

Desse dia em diante tentei, em vão, reunir cacos, recompor relações, salvar amores. Não era mais possível. O passo que precisava ser dado, definitivamente, não era para trás.

Quase em estado de choque eu andei adiante e o caminho me ensinou a amar. Comecei por mim mesma. 

Aprendi que se eu precisasse me esforçar para ser querida ou amada, estaria criando um personagem.

Aprendi que as pessoas me tratavam conforme a minha permissão e conforme eu mesma me tratava.

Aprendi que uma relação sadia somente perdura se as pessoas mantiverem vibrações compatíveis.

Aprendi que colecionar afetos era uma infantilidade do ego, da criança abandonada, insuficiente, inferiorizada.

Aprendi que era preciso encerrar ciclos, para que outros começassem. 

Era necessário desatar nós, para, então, fazer lindos laços.

Hoje o caminho é trançado por pessoas que vêm e vão! 

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