quinta-feira, 11 de agosto de 2016

E você, como está servindo?




Tenho pensado que essa história de livre arbítrio é uma pegadinha.

Quando estamos dentro do sistema, somos tão absolutamente condicionados, que toda e qualquer opção que fazemos também o é. Existe uma gama de opções previstas e possíveis, dentro das quais flutuamos. 
A todo tempo andamos nos equilibrando entre as expectativas familiares e sociais, carga genética, sistemas. Tanto é, que o nosso corpo inclina-se em direção a uma opção muito antes de conseguirmos verbalizá-la: ele já escolheu.

Por outro lado, quando despertamos a nossa consciência para todas as crenças limitantes e condicionamentos, passamos, então, a ter a real possibilidade de agir em livre arbítrio. 

Mas não podemos mais. Não queremos mais. Neste ponto, queremos, com todas as nossas forças, abrir mão do controle e entrar no fluxo. Queremos colaborar com o plano, cumprir com o que nos propusemos a fazer.

Conscientes, jamais utilizaríamos o livre arbítrio de forma a prejudicar o outro porque, sabemos, não existe o outro.

Olhamos para um passado bastante recente e percebemos que todos os nossos sonhos, todas as nossas expectativas e frustrações eram filhas do ego.

O ser não sonha. O ser planeja, porque reconhece a sua capacidade de criar as experiências que deseja viver.

O ser não deseja se tornar melhor, mais bem sucedido, mais inteligente. Apenas reconhece a perfeição em tudo o que faz, refletindo-a na forma com que se movimenta entre as pessoas, no jeito de olhar e de falar.

O ser não se arrepende, nem se culpa. Agradece as oportunidades de crescimento, reconhecendo que todas foram passos necessários até o momento presente, seja ele qual for.

Seres conscientes possuem, portanto, uma relação de bastante respeito com o livre arbítrio. Ele não significa mais poder fazer o que quiser, de forma irresponsável, irrefletida.

Significa ter a liberdade para tomas as decisões mais adequadas para o todo, conforme a sua capacidade de compreensão naquele momento.

Significa saber que somos, sim, assistidos e protegidos, desde que não nos coloquemos, voluntariamente (por atração ou opção), em situações indesejadas. Neste caso, teremos que reverter sozinhos o processo que iniciamos sozinhos – ou deveríamos ser protegidos de nós mesmos?

Significa coerência entre o pensar, o falar e o fazer.

Significa esforçar-se para manter o padrão vibratório, evitando julgamentos, fofocas, críticas, medo, desequilíbrios.

Significa posicionar-se um instrumento de intervenção divina no planeta. Sim, é através de você que as mudanças se operam. É através da sua permissão e da sua vontade.

Conscientes, livre arbítrio, nada mais é, que sinônimo de serviço.

E você, como está servindo?





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