quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Sobre estar a serviço da felicidade!







Nem sempre temos consciência suficiente para compreender o que nos é dito.

Nem sempre damos abertura suficiente para uma nova informação, pois nos apegamos a algumas “verdades quase absolutas”.

Mas é como se recebêssemos um empurrãozinho, uma sementinha, uma flecha que nos indica um caminho interessante a seguir.

Quando menos esperamos, aquela informação incompreendida - e até mesmo esquecida - desabrocha a partir do coração e nos faz dar um passo para trás.

E o que parece um retrocesso é, na verdade, apenas um afastar. Afastar da zona de conforto, afastar do drama, afastar dos conceitos, afastar das certezas.

Assim, a cada passo que damos – ainda que para trás, ainda que às cegas, ainda que em completo desconhecimento -, passamos a observar uma cena ainda maior. 

E isso não tem fim: é sempre possível dar mais um passo! É infinito para dentro (universo interior) e é infinito para fora (universo exterior).

Ontem, alguns dos conceitos que mais me chacoalharam e me empoderaram no decorrer dos últimos dois anos, foram reapresentados, com a diferença que, agora, eles já faziam parte de mim e da minha verdade. Linda confirmação.

Em meio a uma conversa muito descontraída, em que ríamos de nós mesmos e da forma com que estamos sendo desconstruídos, éramos observados.

Havia, ali, um sorriso discreto e silencioso - como que em deleite -, tentando passar despercebido. Hesitou em nos interromper, pois, segundo ele, aquela exposição bem humorada das nossas descobertas estava a produzir lindos vórtices de energia.

Sim, estávamos rindo de nós mesmos. Sim, isso produz linda energia.

Então, aquele ser de luz, pediu permissão para absorver a energia que estávamos a gerar. Éramos, então, vários seres de luz. Cada um a serviço à sua maneira.

Sim, podemos servir oferecendo a nossa energia. Sim, produzimos energia apenas sendo felizes. Sim, somos seres de luz.

Somos o próprio universo em expansão.

Expanda-se, luz!

Sê feliz!

Sirva! 

....inspirada por Tânia, Valéria, Melk, Sol, Gab, El Morya e nosso amiguinho viajante. <3

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

"Ser" leve!






O nosso anseio por certeza e segurança é tamanho, que resistimos ao novo com todas as nossas forças. Apegamo-nos a livros, rituais, histórias; assim sufocando o anseio criador que irradia de nós.

A nossa falta de confiança ou o impedimento de acesso ao nosso próprio sentimento é tão gritante, que nos apegamos às experiências alheias que justificam minimamente o que acreditamos. O que não percebemos, é que cada um desenvolve o seu próprio sistema para acessar a mesma coisa. Apenas isso.

Por que, então, em vez de olharmos todos na mesma direção, mantemos o foco nos sistemas/métodos/instrumentos alheios, a fim de validá-los ou desacreditá-los?

Agindo assim, apenas estamos excluindo mais uma forma linda e individual de acessar a Fonte ou, em outra hipótese, o direito divino ao aprendizado do outro.

Cada um aqui se expressa como pode, como sabe e como consegue. Cada um aqui possui, em essência, qualidades que são indispensáveis ao meio em que está inserido – cabe a nós saber aproveitá-las ou não.

A introspecção é sinômino de espiritualidade? Pode ser que sim, mas pode ser apenas uma dificuldade gigantesca de se relacionar, de ser tocado, de dar e receber amor.

A alegria é sinal de falta de seriedade em relação à espiritualidade? Pode ser que sim, mas pode ser apenas gratidão e amor profundos por tudo que é, por todas as oportunidades. Pode ser apenas uma capacidade fora do normal de contemplação e de confiança.

Não há erro, não há equívoco.

Cada um é necessário exatamente assim como se apresenta a você. Cada um é uma oportunidade para você aprender, não para ensinar.

“Ser” não é agressivo. Tolher a essência do outro, ainda que em tom de conselho, é agressivo.

A agressão está na forma com que julgamos o outro. Está na forma com que expressamos a nossa discordância – posição pessoal baseada em nossos próprios preconceitos e julgamentos - em relação ao comportamento alheio. Está na mais absoluta falta de empatia.

Por outro lado, cada agressão que sofremos nos ensina que jamais agradaremos a todos e, por isso, atingir as expectativas alheias não pode ser um objetivo na nossa lista de afazeres. Aliás, precisa ser a tarefa número um na lista das coisas que deixaremos de fazer.

Cada agressão nos ensina a respeitar o ponto de vista do outro, ainda que, segundo a nossa visão, seja totalmente equivocado e até mesmo ofensivo.

Cada agressão nos ensina sobre amor próprio e sobre estarmos lá por nós mesmos.

Cada agressão nos faz profundamente gratos pela existência de todos aqueles que nos acolhem como somos.

Por isso eu escolho colocar a serviço e em movimento toda a alegria que jorra do meu ser – o que, muitas vezes, faço por mim e por você.

Por isso eu escolho a piada, escolho romper padrões desnecessários de seriedade teatral – porque no riso há entrega, porque o riso descarrega.

Por isso eu solto o riso e, assim, liberto todas as crianças amarradas em gravatas e equilibradas em saltos-agulha.

Por isso eu escolho, em qualquer circunstância, a espontaneidade, a liberdade, a transformação positiva do ambiente.

Daqui em diante, a próxima vez que ouvir uma gargalhada, não pense duas vezes, em vez de julgar, engrosse o coro!

Se fosse necessário silêncio e seriedade, acredite, aquela pessoa não estaria ali.

A espiritualidade pode ser leve.

Vem voar!

terça-feira, 11 de outubro de 2016

As duas missões da alma.






A dúvida que mais nos consome é: qual será a minha missão? 

Pensamos a missão como uma aventura digna de um avatar. Perseguição, iluminação, sabedoria instantânea, curas milagrosas.

E se tudo isso fossem crenças limitantes que nos impedem de enxergar o real potencial de um ser humano?

Li uma vez que à Terra não seria mais enviado nenhum mensageiro/profeta, porque conseguimos subverter todos os ensinamentos. Por outro lado, seriam enviadas milhares de luzes, cada uma com a missão de iluminar o espaço em que vive, trazendo paz, esperança e amor para certo número de pessoas.

Um escritor chamado Wayne Walter Dyer, falecido em 2015, realizou uma pesquisa a fim de estabelecer critérios que nos permitissem calcular a representatividade da nossa postura energética em nosso meio. Segundo ele, uma pessoa otimista – longe de ser iluminada - produziria energia suficiente para contrabalançar a negatividade de outras 90.000 pessoas. Uma pessoa alinhada com o amor e o respeito, por sua vez, seria capaz de contrabalançar a negatividade de 750.000 pessoas.

Então, de forma bastante genérica, estamos no planeta com pelo menos duas missões: uma externa e uma interna.

A externa – a missão que a grande maioria de nós vem buscando – consiste na forma com que agimos em relação ao coletivo e à elevação do planeta, ancorando luz e sendo instrumento da espiritualidade.

A interna, por sua vez, consiste na forma com que agimos em relação a nós mesmos e à nossa plenitude, de forma a permitir que o nosso eu se expresse de forma positiva no meio externo.

Sim, somos perfeitos. Mas sobre esse núcleo divino e perfeito há uma couraça construída pelos conceitos, dogmas, crenças, traumas, arrependimentos, culpas e expectativas que acumulamos durante muitas e muitas existências. 

A diferença é que, hoje, temos a oportunidade, o discernimento e o amparo necessários para, como uma flor de lótus, desabrochar e deixar a nossa luz brilhar. Hoje conhecemos a importância da reforma íntima. Hoje sabemos que não devemos oferecer o que ainda não temos, mas apenas o que nos excede, o que extravasa de nós. Hoje podemos e devemos ser a nossa prioridade.

Estamos sendo continuamente estimulados a nos auto-observarmos, a fim de identificarmos os padrões repetitivos de comportamento, os motivos que nos levam a escolher sempre os mesmos caminhos.

Estamos sendo estimulados a agir em amor, confiança, gratidão e perdão – em toda e qualquer circunstância –; até que, em nós, não haja mais espaço para a dor, para o sofrimento, para o sacrifício, para o medo, para a insegurança.

Estamos sendo estimulados a pensar com o coração, a respirar com o coração, a olhar com o coração, a tocar com o coração.

Quando formos capazes de agir em compaixão e aceitação conosco, então poderemos agir assim em nosso meio.

Quando formos capazes de caminhar com equilíbrio, firmeza e confiança essa terra, então estaremos prontos para oferecer o nosso potencial máximo ao coletivo – nossa missão externa.

O trabalho individual é silencioso e solitário, mas é necessário.

Está procurando a sua missão? Sugiro que comece por todas as questões pessoais que está deixando para amanhã, por tudo o que te tira do centro, tudo o que ocupa o seu pensamento.

Desabrochando e removendo tudo o que encobre a sua centelha divina, esteja certo de que ela mesma iluminará o seu caminho e revelará os dons que podem ser colocados à disposição do coletivo.

Este é o momento propício para uma história de amor. Próprio!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Desatando os nós da vulnerabilidade






Algumas situações me fazem refletir mais fortemente sobre a inconstância.

Grande parte das nossas experiências mais valiosas – no sentido de lapidação da humildade, do perdão e da tolerância – acontecem no seio familiar.

Acredito que, propositalmente, essas são as relações das quais não podemos escapar. 

Em razão de nos parecerem mais constantes, com bastante frequência deixamos para amanhã as decisões e ações que desejamos tomar, adiamos, protelamos.

Enquanto adultos, crendo em nosso livre arbítrio, muitas vezes optamos por tomar distância das relações que nos incomodam e nos desequilibram, apostando em uma vida nova, dissociada dos pares que nos acompanharam até aqui.

Esquecemo-nos de que foi o nosso próprio livre arbítrio que nos inseriu nesse meio – e, como disse Allan Kardec, quem tem mais consciência, tem mais responsabilidade. 

Esquecemo-nos de que onde quer que estejamos, carregaremos conosco a bagagem que trouxemos, a carga genética e a sensação de que deixamos algo mal resolvido para trás – na certeza, ainda que inconsciente, de que haverá tempo para recuperar o amor e o perdão. 

Esquecemo-nos de que grande parte dos nossos padrões emocionais e comportamentais decorrem de experiências (boas e ruins) vividas na mais tenra infância, cuja cura depende de enfrentamento dos registros existentes em nosso corpo emocional – e não apenas mental.

Caminhamos sobre pedras que nós mesmos deixamos pelo caminho.

Racionalizamos experiências que deviam, primeiramente, ser sentidas, ainda que não pudessem ser compreendidas, como se o aprendizado maior fosse apenas entrar em contato com o nosso sentir.

Olhe para a sua vida e veja o que é que você está postergando. Identifique, observe e dê permissão para que seja resolvido com amor, com consciência e com gratidão. Desapegue.

Imagine que todas as situações mal resolvidas podem dar causa à programação de outras e outras oportunidades de reequilíbrio energético em outras vidas. É isso mesmo que você deseja? 


Peça ou ofereça aquele abraço que não foi dado.

Peça ou ofereça aquele perdão que não foi verbalizado.

Peça ou ofereça aquela conversa de valor, sem drama, sem culpa, sem acusação.


A vulnerabilidade não é sinal de fraqueza. É, em verdade, pré-requisito da compaixão, da aceitação e do acolhimento. É a maior força que se pode ter, porque ela dá permissão à essência, ela dá espaço à manifestação das emoções, ela é a chave de acesso a todos os corações, inclusive ao nosso.

Entregue-se ao sentir, ainda que ele não guarde nenhuma correspondência com a forma com que você racionalizou as experiências vividas. Apenas sinta e deixe passar, compreendendo e acolhendo a sua criança.

Desate os nós e desenhe um novo final.

Acolha as pessoas como elas são. Acolha os processos emocionais de cada um que te rodeia. Porque é exatamente assim - imperfeitas - que elas servem como um instrumento para a sua própria lapidação.

Estão, todas, a serviço.

Estamos, todos, a serviço.