terça-feira, 11 de outubro de 2016

As duas missões da alma.






A dúvida que mais nos consome é: qual será a minha missão? 

Pensamos a missão como uma aventura digna de um avatar. Perseguição, iluminação, sabedoria instantânea, curas milagrosas.

E se tudo isso fossem crenças limitantes que nos impedem de enxergar o real potencial de um ser humano?

Li uma vez que à Terra não seria mais enviado nenhum mensageiro/profeta, porque conseguimos subverter todos os ensinamentos. Por outro lado, seriam enviadas milhares de luzes, cada uma com a missão de iluminar o espaço em que vive, trazendo paz, esperança e amor para certo número de pessoas.

Um escritor chamado Wayne Walter Dyer, falecido em 2015, realizou uma pesquisa a fim de estabelecer critérios que nos permitissem calcular a representatividade da nossa postura energética em nosso meio. Segundo ele, uma pessoa otimista – longe de ser iluminada - produziria energia suficiente para contrabalançar a negatividade de outras 90.000 pessoas. Uma pessoa alinhada com o amor e o respeito, por sua vez, seria capaz de contrabalançar a negatividade de 750.000 pessoas.

Então, de forma bastante genérica, estamos no planeta com pelo menos duas missões: uma externa e uma interna.

A externa – a missão que a grande maioria de nós vem buscando – consiste na forma com que agimos em relação ao coletivo e à elevação do planeta, ancorando luz e sendo instrumento da espiritualidade.

A interna, por sua vez, consiste na forma com que agimos em relação a nós mesmos e à nossa plenitude, de forma a permitir que o nosso eu se expresse de forma positiva no meio externo.

Sim, somos perfeitos. Mas sobre esse núcleo divino e perfeito há uma couraça construída pelos conceitos, dogmas, crenças, traumas, arrependimentos, culpas e expectativas que acumulamos durante muitas e muitas existências. 

A diferença é que, hoje, temos a oportunidade, o discernimento e o amparo necessários para, como uma flor de lótus, desabrochar e deixar a nossa luz brilhar. Hoje conhecemos a importância da reforma íntima. Hoje sabemos que não devemos oferecer o que ainda não temos, mas apenas o que nos excede, o que extravasa de nós. Hoje podemos e devemos ser a nossa prioridade.

Estamos sendo continuamente estimulados a nos auto-observarmos, a fim de identificarmos os padrões repetitivos de comportamento, os motivos que nos levam a escolher sempre os mesmos caminhos.

Estamos sendo estimulados a agir em amor, confiança, gratidão e perdão – em toda e qualquer circunstância –; até que, em nós, não haja mais espaço para a dor, para o sofrimento, para o sacrifício, para o medo, para a insegurança.

Estamos sendo estimulados a pensar com o coração, a respirar com o coração, a olhar com o coração, a tocar com o coração.

Quando formos capazes de agir em compaixão e aceitação conosco, então poderemos agir assim em nosso meio.

Quando formos capazes de caminhar com equilíbrio, firmeza e confiança essa terra, então estaremos prontos para oferecer o nosso potencial máximo ao coletivo – nossa missão externa.

O trabalho individual é silencioso e solitário, mas é necessário.

Está procurando a sua missão? Sugiro que comece por todas as questões pessoais que está deixando para amanhã, por tudo o que te tira do centro, tudo o que ocupa o seu pensamento.

Desabrochando e removendo tudo o que encobre a sua centelha divina, esteja certo de que ela mesma iluminará o seu caminho e revelará os dons que podem ser colocados à disposição do coletivo.

Este é o momento propício para uma história de amor. Próprio!

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