quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

2016 - o ano em que tudo ruiu.






2016.

Ano 9. Ano fiel que cumpriu todas as suas promessas.

Não houve o que não fosse chacoalhado. Nada restou intacto, sem ser visto, sem ser questionado. Tudo foi trazido à luz da consciência. Tudo ruiu.

O mundo atingiu a nota máxima no conceito caos. Nós também.

Os grandes escândalos nos fizeram enxergar os nossos próprios erros, as nossas incoerências, as nossas desculpas para agir em desconformidade com o discurso que tão alto propagamos. Não era mais possível fazer vista grossa à nossa própria hipocrisia.

Sentimos as dores dos filhos das guerras e, em nosso microcosmo, enfrentamos o corpo emocional de todas as dores que, durante a vida, racionalizamos em vez de sentir.

Demonstramos toda a nossa compaixão nas grandes catástrofes, o que nos permitiu enxergar com mais amor e gratidão o caminho escolhido, o momento presente e as bênçãos que, diariamente, recebemos – ainda que camufladas de dor.

Aprendemos sobre responsabilidade, sobre ser soberano: senhor da própria vida, das próprias escolhas (sejam elas quais forem). Estamos deixando de lado a vitimização, estamos deixando de projetar as nossas expectativas e as nossas sombras nos outros.

Aprendemos que não devemos julgar, ainda que julguemos - mas já conseguimos perceber que o fazemos e isso é um grande passo.

Aprendemos que não nos cabe interferir no livre arbítrio do outro, pois o que imaginamos estar errado é, muitas vezes, o caminho mais curto para o aprendizado que o outro busca. Sim, às vezes o encontro consigo mesmo acontece na escuridão do fundo do poço.

Aprendemos que na nossa vida só entra quem e o que permitimos. A proteção que tanto pedimos está no reconhecimento da nossa força interior, na capacidade de escolher a frequência vibratória que desejamos, na habilidade de agir sobre o ambiente (em vez de ser abatido pelo meio).

Aprendemos que a transição planetária passa, inevitavelmente, pela transição individual de cada ser aqui presente – e foi com isso que nos comprometemos de todo o coração. A nossa cura é a cura do mundo – e já está acontecendo!

Para quem se colocou a serviço, não houve um ano mais vivido que este, mais intenso que este, mais produtivo que este. 

Por vezes sinto como se estivéssemos içando toda uma massa ainda adormecida. Como se, de certa forma, estivéssemos arrastando com dificuldade – mas com direção – o inconsciente coletivo. 

Viemos aqui fazer isso.

Cada movimento importa. Tudo o que pensamos, falamos e fazemos é energia em reverberação. Eu escolho me movimentar com alegria, com leveza e com doçura.

Moral da história: responsabilidade pelas nossas criações.

Assim caminho para 2017.

Ano 1.

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