quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Novo ciclo!





01.12.1980, 21:15, eu nascia Talita, abrindo o mês do Natal.

Desejei, hoje, estar conectada com o impulso inicial dessa existência. Com os desejos que eu trazia comigo. Com a vontade que me trouxe aqui. Com o plano estabelecido.

Eu visualizei os planetas e o seu alinhamento com o sol no momento em que eu iria nascer – uma linda geometria que hoje se repete.

Gaia surgiu linda aos meus olhos, tomando forma de lar. Preciosa. Iluminada. Imensa.

Eu senti pertencimento. Eu senti amor. Eu senti confiança. Eu senti força.

Afinal, quão fortes e confiantes somos nós, seres que mergulharam na mais absoluta inconsciência, na certeza de que aqui, nesse solo e em meio a tanta dualidade, conseguiriam despertar e semear o amor.

Eu amei e fui amada todos esses 13.149 dias de vida.

Sagitariana nascida sob a bênção do nº 1 - que me acompanha como missão de vida -, eu soube criar um espaço de amor com cada pessoa que cruzou o meu caminho.

O amor estava lá, ainda que sob a forma de dor, ainda que sob a forma de aprendizado, ainda que sob a forma de angústia, ainda que sob a forma de arrependimento. No final das contas, era só o amor revelando lindamente a minha humanidade.

Em toda a minha profundidade (talitagem, para os íntimos), eu nunca aceitei passar por cima das pedras tropeçando. Eu olhava uma a uma, conheci todas elas. Não, não construí um castelo, estou construindo uma escada.

Estranhamente, sinto que a dor foi e é a chave que me conecta verdadeiramente a cada um de vocês. 

A dor que cada um de nós sentiu, a dor que cada um de nós sente, apenas encontra abrigo nos corações que já a vivenciaram e a acolheram. Afinal, a couraça que envolve um coração machucado só pode ser tocada por alguém que assume a própria vulnerabilidade.

Essa foi a proposta do ciclo que se passou: verbalizar a minha vulnerabilidade, abrindo um espaço de profunda conexão, um espaço em que a verdade de cada um tem livre passagem – e é bonita!

Meu Deus, como vocês são bonitos! Batalhadores, buscadores, cada vez mais conscientes.
A cada pessoa que me procurava para, pela primeira vez, verbalizar todas as suas fraquezas, toda a sua insegurança, todo o seu não merecimento, lá estava eu, lá estava aquela parte de mim que ainda não estava plenamente curada. Sim, estamos todos a serviço um do outro: não há dar sem receber!

Agradeço a todos os que se expuseram e me deram a honra de conhecer as suas dores, pois assim pude acolher as minhas. Mais que isso, cada um de vocês me mostrou o verdadeiro tamanho de um ser humano, o meu verdadeiro tamanho.

Planto, hoje, as sementes que recolhi no ciclo que se encerra e peço, como presente de aniversário, que cada um de vocês exprima o deseja de regá-las.

Recolheremos, todos juntos, os frutos.

Namaste.

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