sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Assim ela me ensinou.

 

 


Há alguns dias eu tive um sonho.

A história era representada por uma pessoa que simboliza, para mim, limitação de autonomia em termos de gestão de vida, de capacidade de nutrir relações, de lidar com conflitos.

No sonho, essa pessoa se oferece para me levar até algum lugar e eu me espanto, porque ela sequer dirige.

Ela se sentou ao volante e a minha primeira percepção foi: não é que ela dirige bem?

Mas ela seguiu dirigindo para o lado oposto ao que deveria ter seguido. Ela percebeu a minha contrariedade e apenas sinalizou que eu observasse e aguardasse.

Em dado momento, o caminho que eu teria escolhido e o caminho que ela escolheu se uniram. Apenas contornavam, por lados opostos (quase espelhados), o mesmo obstáculo. Então, à frente, havia um único caminho.

Eu entendi.

Cada pessoa, por mais limitada que nos pareça, deve ter a oportunidade de fazer as próprias escolhas, afinal, todos os caminhos levam a um fluxo único – da constante evolução. Quem sou eu para escolher, pelo outro, o caminho mais adequado? Quem sou eu para afirmar que uma estrada oferecerá melhores aprendizados (ou maior velocidade) que outra? Quem sou eu para afirmar que a paisagem pela qual eu escolhi transitar é a mais bonita?

Assim me ensinou essa pessoa: apenas sou totalmente responsável pelas minhas próprias escolhas, pelo meu plantio, pelos valores que cultivo. 

Eu sou o meu próprio compromisso.

 

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