quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Somos a boa nova





O canto especial da Irmandade nos traz de novo ao nosso ponto de partida: Jesus e Maria Madalena – que são, para nós, a representação mais familiar do equilíbrio divino.

Muitos de nós – senão todos – partilhamos experiências naqueles tempos. Ouvimos, extasiados, a boa nova. Dançamos em torno do fogo. Repartimos o pão.

Também fomos perseguidos, sentimos medo, questionamos.

Retornamos muitas vezes, sempre firmados nos mesmos propósitos: a libertação, o direito à plenitude, a manifestação do amor.

Nós assumimos o compromisso de elevar a raça humana por meio de cada corpo que aqui utilizamos. Foi um longo caminho.

Certa vez, em prantos, eu pedi a Jesus que colocasse em minha mente o olhar amoroso que, naqueles tempos, me resgatou de uma vida sem sentido.

Ele, então, disse: “esse olhar, hoje, é o seu”.

Percebam, hoje, nós somos a boa nova. Ela é viva e se manifesta. Ela pulsa.

Desde que mergulhamos na densidade, após a queda da Atlântida, talvez seja a primeira existência em que podemos nos reunir e nos manifestar livremente; em que estamos todos a serviço da paz e do bem.

Isso é a Irmandade da Rosa: a reunião de uma família.

A energia que aqui se manifesta é a da abertura, da amplitude, da acessibilidade, da disponibilidade.

Assim, expostos e vulneráveis, permitimos a mais pura conexão, pois somos essência – e, em essência, somos todos divinos.

Acolhemos a nossa divindade e a divindade do outro. Fazemos as pazes com as nossas escolhas e com as escolhas do outro.

Diferentes modos de caminhar guiados ao mesmo destino: a unificação.

Essa é a representação no centro da nossa mandala: o Um, o fluxo divino da vida, o ir e vir, o movimento, o infinito se manifestando no agora.

Nós somos o infinito se manifestando no agora.

Somos a nossa ancestralidade. Somos a nossa herança galáctica. Somos todas as linhas do tempo convergindo conscientemente e muito determinadamente para elevação de Gaia: nós a levaremos conosco neste salto, por isso temos retornado insistentemente e amorosamente para este orbe.

Nós somos a personificação das limpezas da nossa amada Mãe Terra. Filhos e Filhas da Terra a serviço de quem tanto lhe nutriu, a serviço de quem preparou e sustentou o palco para tantas existências e tantos aprendizados.

Então, no silêncio do nosso ser, que despenquem as máscaras, que se dissolvam as couraças, que desmoronem as verdades e os julgamentos; para que nos reconheçamos frutos da mesma árvore, portadores da mesma Luz da Vida.

Eis a Terra Prometida e eis, aqui, as crianças, os puros de coração.


Talita Rebello

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