O nosso anseio por
certeza e segurança é tamanho, que resistimos ao novo com todas as nossas
forças. Apegamo-nos a livros, rituais, histórias; assim sufocando o anseio criador
que irradia de nós.
A nossa falta de
confiança ou o impedimento de acesso ao nosso próprio sentimento é tão
gritante, que nos apegamos às experiências alheias que justificam minimamente o
que acreditamos. O que não percebemos, é que cada um desenvolve o seu próprio
sistema para acessar a mesma coisa. Apenas isso.
Por que, então, em
vez de olharmos todos na mesma direção, mantemos o foco nos sistemas/métodos/instrumentos
alheios, a fim de validá-los ou desacreditá-los?
Agindo assim, apenas
estamos excluindo mais uma forma linda e individual de acessar a Fonte ou, em
outra hipótese, o direito divino ao aprendizado do outro.
Cada um aqui se expressa
como pode, como sabe e como consegue. Cada um aqui possui, em essência,
qualidades que são indispensáveis ao meio em que está inserido – cabe a nós
saber aproveitá-las ou não.
A introspecção é
sinômino de espiritualidade? Pode ser que sim, mas pode ser apenas uma
dificuldade gigantesca de se relacionar, de ser tocado, de dar e receber amor.
A alegria é sinal de
falta de seriedade em relação à espiritualidade? Pode ser que sim, mas pode ser
apenas gratidão e amor profundos por tudo que é, por todas as oportunidades.
Pode ser apenas uma capacidade fora do normal de contemplação e de confiança.
Não há erro, não há
equívoco.
Cada um é necessário
exatamente assim como se apresenta a você. Cada um é uma oportunidade para você aprender, não para ensinar.
“Ser” não é
agressivo. Tolher a essência do outro, ainda que em tom de conselho, é agressivo.
A agressão está na
forma com que julgamos o outro. Está na forma com que expressamos a nossa
discordância – posição pessoal baseada em nossos próprios preconceitos e
julgamentos - em relação ao comportamento alheio. Está na mais absoluta falta
de empatia.
Por outro lado, cada
agressão que sofremos nos ensina que jamais agradaremos a todos e, por isso,
atingir as expectativas alheias não pode ser um objetivo na nossa lista de
afazeres. Aliás, precisa ser a tarefa número um na lista das coisas que
deixaremos de fazer.
Cada agressão nos
ensina a respeitar o ponto de vista do outro, ainda que, segundo a nossa visão,
seja totalmente equivocado e até mesmo ofensivo.
Cada agressão nos ensina sobre amor próprio e sobre estarmos lá por nós mesmos.
Cada agressão nos faz profundamente gratos pela existência de todos aqueles que nos acolhem como somos.
Por isso eu escolho
colocar a serviço e em movimento toda a alegria que jorra do meu ser – o que,
muitas vezes, faço por mim e por você.
Por isso eu escolho a
piada, escolho romper padrões desnecessários de seriedade teatral – porque no
riso há entrega, porque o riso descarrega.
Por isso eu solto o
riso e, assim, liberto todas as crianças amarradas em gravatas e equilibradas
em saltos-agulha.
Por isso eu escolho,
em qualquer circunstância, a espontaneidade, a liberdade, a transformação
positiva do ambiente.
Daqui em diante, a
próxima vez que ouvir uma gargalhada, não pense duas vezes, em vez de julgar, engrosse
o coro!
Se fosse necessário silêncio e seriedade, acredite, aquela pessoa não estaria ali.
A espiritualidade
pode ser leve.
Vem voar!
Lindo Talita! Isso mesmo. Queremos você desse jeitinho! Linda! Feliz! Alegrando nossos encontros, fazendo-se presente para cada um em particular, enriquecendo-nos com essa vibração linda!
ResponderExcluirSantina amada! <3
ExcluirMinha adolescente preferida!