quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A lição da abelha.





Hoje uma abelha entrou no banheiro enquanto eu me arrumava.

Sou fã das abelhas.

Reconheço e aprecio todas as qualidades que elas colocam a serviço. Sou beneficiada, diariamente, pelo resultado do seu trabalho: a polinização, o mel, o própolis, a cera.

Quando recebi essa visita logo pela manhã, agradeci a bênção que recebi: veio adoçar o meu dia!

Enquanto eu me vestia ao som do zumbido, percebi que havia aumentado: havia mais uma abelha!

Dia duplamente doce!

A segunda abelha, mais consciente do espaço que ocupava e conhecedora dos caminhos, foi até a primeira, deu uma volta em torno dela (para se fazer perceber) e mostrou o caminho de saída, passando pela janela.

Mas ela não entendeu e continuou voando de encontro às paredes do banheiro, sem conseguir encontrar o caminho para fora.

A abelha-guia voltou e repetiu o ritual: circundou a abelha perdida e passou pela janela.

Não obteve sucesso, mas não desistiu. Voltou uma terceira vez e, com mais insistência, foi vista. Tendo sido percebida, acompanhou a outra abelha, lado a lado, pouco a pouco, até a saída.

Assim somos nós, assim é conosco.

Estamos sendo amorosamente guiados.

Estamos sendo guiados para fora das limitações que nos contiveram, que nos mantiveram inconscientes.

Estamos sendo guiados à cura individual, que reverberará na cura coletiva.

Estamos sendo guiados ao estado de presença e de perfeição.

Estamos sendo guiados, para que possamos trabalhar em conjunto, somando esforços com todos os que ultrapassaram cegueira da terceira dimensão.

Estamos sendo guiados e, tal qual a abelha, os nossos guias são incansáveis.

Quem sabe, reduzindo o ruído que produzimos, não conseguimos compreender as orientações que nos conduzem com maior assertividade ao caminho que devemos seguir?

Alguém ouvindo zumbidos?

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