Eu ouço diariamente o
Canto Especial de Zero i.
Conheço a sequência, conheço
todas as palavras. Até faço as minhas próprias complementações.
Uma frase em especial
faz o meu corpo todo vibrar:
“que somente a verdade
encontre acesso em todo o meu ser”
Diz, literalmente, que
eu esteja em condições internas de atrair a verdade, de compreendê-la e de
externalizá-la. Que ela passe por mim e siga o seu caminho legítimo sem ser
corrompida.
Assim como a água, a energia segue o caminho da menor resistência. O que chega até nós foi atraído
por sintonia fina. Vibração compatível.
Isso é muito forte. É
um trabalho diário e é o trabalho de uma vida toda.
Em nós desembocam rios
caudalosos. Somos o gargalo de toda a nossa ancestralidade, de toda a nossa
carga genética, de vidas e mais vidas. Milhares delas. Todas convivendo em nós.
Também somos produto
da criação que tivemos e dos ambientes que frequentamos.
Afinal, o que é nosso?
O que sobra de nós, se não formos as bagagens, as histórias, as dores, nem as
glórias?
Quem sou eu entre
tantos rótulos? O que estou atraindo, dando passagem e reverberando? Que
energia é essa que estou projetando no mundo?
Somos responsáveis por
isso. Podemos ser divinos filtros ou apenas mais uma boca-de-lobo.
Podemos continuar
desejando mudanças, podemos seguir criticando a tudo e a todos. Sim, podemos.
Mas podemos mais.
Todos os seres de luz
que desceram à Terra e deixaram marcas profundas na humanidade, agiram de forma
similar: estavam lúcidos e eram extremamente comprometidos.
Ao contrário do que
nos fazem pensar, eles não nasceram prontos, apenas, em algum momento da vida, fizeram
a escolha certa e se comprometeram com ela.
Buscaram. Erraram. Persistiram.
Onde está colocando a
sua energia?
Aonde quer chegar?
Quem, de fato, caminha
ao seu lado?
De quais valores você
não abre mão?
Quais são os seus
tesouros?
Como você deseja se
sentir no momento de deixar essa existência?
É um caminho de muitas
perguntas e poucas respostas.
Perguntas que, uma a
uma, vão despertando a nossa compreensão mais elevada e nos fazendo acessar níveis
de consciência diferenciados.
Até que venham novas
perguntas.
Aos poucos as
perguntas perdem o interesse em obter respostas, assim como nós perdemos o
interesse nas justificativas que dávamos a nós mesmos para não fazermos
escolhas diferentes.
Questionando com
sinceridade - e um a um - os nossos hábitos, as nossas projeções, os nossos
padrões, as nossas dores, as nossas inseguranças, os reflexos das experiências
passadas no agora, galgamos degraus em direção ao nosso objetivo.
Se desejamos a
liberdade, o nosso trabalho individual é desvelar tudo o que está oculto em nós
e, ainda assim, coordena os nossos passos e dita as regras dos nossos
relacionamentos.
Se desejamos a
verdade, o nosso trabalho individual é trazer à tona todas as nossas
justificativas, todas as histórias que contamos para nós mesmos para embelezar
as nossas fraquezas, para encobrir as nossas culpas.
Se desejamos o amor, o
nosso trabalho individual é nos olharmos com compaixão e, reconhecendo as
florestas escuras do nosso ser, conceder-lhes um espaço especial na nossa caminhada.
Nada acontecerá fora,
sem que, antes, tome forma dentro.
Somos a nossa própria
obra de arte e, a cada amanhecer, nos é concedida a graça de aperfeiçoá-la,
aparar-lhe as arestas, atenuar-lhe os contornos.
Tudo pode ser completamente
transformado pela força do desejo de um buscador. Dê vida às oportunidades que
o hoje lhe traz para fazer novas escolhas, comprometa-se com a sua própria
libertação.
Transforme-se e veja o
mundo se transformar.
Não existe outro
caminho.
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