Sempre nos
questionamos sobre o nosso propósito de vida.
Há muito por trás
disso.
Estamos em um planeta
relativamente distante do centro da Galáxia. Um orbe azul que dança em torno de
uma estrela na extremidade de um dos braços da Via Láctea.
Vivemos em um planeta
que, ainda, experimenta a terceira dimensão. A densidade opera sob muitas leis.
Somos bilhões de seres
vivos e outros bilhões de seres astrais interagindo incessantemente. Estamos
todos conectados e somos interdependentes.
Ao mesmo tempo em que
temos a sensação de que operamos na individualidade, também somos células de um
imenso organismo.
O planeta vive e nós
pulsamos com ele. Com ela...
Ela que nos desejou,
que nos idealizou e nos nutriu.
Ela que nos mantém sob
sua guarda.
Ela que floresce e
frutifica.
Ela que fornece
condições para a mais ampla diversidade.
Ela que é terra, que é
ar, que é água... Ela que é fogo.
O que seria do norte
sem a vastidão de terra que leva a nossa imaginação através das Américas,
até sentirmos o ar gelado do polo norte?
O que seria do sul sem
o vento intermitente que nos traz a consciência de que os ritmos e os ciclos
são eternos e divinos?
O que seria do oeste
sem as águas mansas, sem as corredeiras e cachoeiras? Sem os riachos que
graciosamente contornam as pedras e nos ensinam a seguir os caminhos mais
leves, de menor resistência? O caminho das águas, o caminho da confiança de
quem ruma em direção ao acolhimento do oceano, da fusão em unidade.
O que seria do leste
sem a potência do sol nascente? A luz que revela as nossas sombras e nos
encorajada encará-las. Que ilumina as nossas noites e deixa o crédito da beleza
para a lua, ensinando-nos sobre generosidade.
A ilusão da separação
pode nos cegar por algum tempo, mas não pode fazê-lo para sempre.
Tudo é simbiótico.
Não há nada que um ser
faça que não produza reflexos no todo... Assim como o todo produz reflexos em
cada um de nós.
Que tal, então, se estabelecêssemos
como propósito de vida ser uma influência positiva na grande mente que nos
conecta? Que tal se escolhêssemos ser criadores de campo, criadores de pulsos
nessa imensa malha energética?
Todos nos preocupamos
em fazer caridade, em agir de forma física para auxiliar os nossos companheiros
de jornada. Podemos, sim, abraçar o outro em seu sofrimento. Podemos, sim,
oferecer-lhe alimento e abrigo. Podemos vesti-lo.
Mas, se estamos em
condições para fazer isso, também estamos em condições para agir como
protagonistas: que o nosso consciente coletivo influencie positivamente o
inconsciente coletivo. É um grande serviço e um grande presente para o próximo
mergulharmos na nossa individualidade em busca da libertação, colocarmos a
nossa energia na busca pelo aprimoramento.
Poucos podem se dar ao
luxo de parar para questionar. Poucos podem ou querem dedicar o seu tempo para
o autoconhecimento. Poucos têm força para encarar e dissolver os seus
traumas. Poucos estão prontos para caminhar sem muletas, para deixar livres os
seus agressores.
Somos nós os que vão
deixar a batalha primeiro. Não desejamos, nem precisamos mais lutar. Não
desejamos, nem precisamos mais viver em reatividade. Somos nós os que vão
silenciar e aprender com a natureza o sentido vida.
A cada movimento que
fazemos em direção a nós mesmos, içamos conosco os nossos bem amados. A cada
novo aprendizado, a cada relembrar, a cada enfrentar, a cada dissolver, estamos
impulsionando os diversos grupos que ainda não conseguem se desprender dos
paradigmas que os mantém estagnados em ciclos de repetição.
As nossas mudanças
reais são passos que damos em nome de toda a humanidade.
Celebre cada processo.
Celebre cada catarse. Celebre limpeza.
Por fim, honre este
planeta. Respire de forma consciente, sentindo como as moléculas de vida
energizam o seu corpo. Conecte-se com a pulsação desse imenso corpo planetário
e perceba a sua pulsação entrando em ressonância. Sinta como a diversidade de
vida que aqui existe faz parte de você.
O vento, a chuva, o
suor, o paladar... flutuar no mar. Experiências da terceira dimensão que talvez
nunca mais vivamos.
Sinta o aroma do café.
Acaricie um pé de arruda e perceba como ele se perfuma esperando o seu toque.
Observe as estrelas e a trajetória da lua. Dance com o fogo.
Tudo vive e tudo te
espera. A natureza se veste para ti.
Esse é o segredo dos
povos antigos, dos pagãos, dos místicos, dos gnósticos: a coevolução com Gaia.
A reconexão com o
corpo. A unificação das polaridades. A integração com tudo o que vive.
Amor em ação.
Escolha.
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