Como enxergar algo que
rejeitamos, reprimimos e arquivamos no inconsciente?
Qual seria a melhor
maneira de começarmos essa investigação?
Não me vem outra
resposta, senão a observação do próprio corpo, que é um instrumento fantástico
e cheio de respostas.
Pode-se ignorar ou
reprimir uma emoção (aliás, fazemos isso o tempo todo). Mas não se pode
negligenciar uma manifestação física, incômoda e dolorosa.
Ou seja, se não formos
capazes de perceber o corpo emocional, então no físico será mais visível.
A ideia é que, de
alguma maneira, percebamos o processo. Não se trata de castigo, trata-se de
serviço. Trata-se da parcela que concordamos em elevar, em curar, em
transmutar.
Apesar de não ser
possível generalizar, podemos, pelo menos, começar a nossa investigação pessoal
pelas faixas do corpo em que os desequilíbrios se manifestam, relacionando-as
aos chakras correspondentes.
Conectem-se com o
corpo e sintam: “o que não vai bem?”
Bruno Gimenes, autor
do livro Fitoenergética, nos dá um caminho pelo qual começar:
CHAKRA BASE –
Muladhara - Base
Órgãos: rins, bexiga, reto, coluna vertebral, quadris, ossos.
Aspecto da consciência: sobrevivência e funcionamento físico, estrutura de base,
forças de base, dinheiro, trabalho, percepção de si mesmo.
Comportamentos que podem gerar
desequilíbrios: problemas
familiares, excesso de responsabilidade (pessoal, familiar e profissional),
dificuldades na estrutura de vida, falta de dinheiro e desemprego.
Manifestações físicas: indisposição física, falta de vitalidade, dores nas juntas,
torcicolo, nervo ciático, desânimo de viver, falta de entusiasmo, falta de
aterramento, problemas nos ossos, hemorroidas, unha encravada crônica, infecção
de rins e bexiga.
CHAKRA UMBILICAL –
Swadisthana – Morada do Prazer
Órgãos: abdome inferior, útero, intestino grosso, sistema
reprodutor.
Aspecto da consciência: sexualidade, relacionamentos e vínculos, prazer pela vida,
autorrespeito, autoestima.
Comportamentos que podem gerar
desequilíbrios: dificuldades de
relacionamento com o parceiro, com familiares e amigos; falta de aceitação do
próprio corpo, baixa autoestima, autopodar-se de realizações na vida.
Manifestações físicas: deficiências no sistema linfático, falta de orgasmo,
incapacidade de ereção, ejaculação precoce, descontroles no fluxo menstrual,
acúmulo de gordura acentuado na região do quadril, obesidade em geral, cistos
nos ovários, infertilidade.
CHAKRA DO PLEXO SOLAR
– Manipura – A Cidade das Joias
Órgãos: fígado, baço, estômago, intestino delgado, vesícula
biliar.
Aspecto da consciência: poder pessoal, alegria, perdão, autoconfiança, coragem,
emoções, desejos, equilíbrio , toler^ncia, gratidão, respeito.
Comportamentos que podem gerar
desequilíbrios: raiva, medo,
insegurança, mágoa, tristeza, remorso, arrependimento, não engolir a vida,
falta de aceitação, intolerância, desejos não realizados, ansiedade, angústia,
pânico, não perdoar, vitimizar-se, excesso de infantilidade, falta de
flexibilidade, carência afetiva, vergonha, culpa.
Manifestações físicas: deficiência digestiva e estomacal, úlcera, gastrite,
oscilações de humor, depressão, introversão, hábitos alimentares anormais,
instabilidade nervosa, câncer de estômago, desequilíbrio emocional,
inseguranças, medos e pânicos, agonias, ansiedade, diabetes, obesidade,
pancreatite, hepatite, compulsão por consumo, hérnia de hiato.
CHAKRA CARDÍACO –
Anahata – O Inviolável
Órgãos: coração, sistema circulatório, sangue.
Aspecto da consciência: amor, altruísmo, amor por si mesmo, intuição, sabedoria,
compaixão, discernimento.
Comportamentos que podem gerar
desequilíbrios: sentimentos
reprimidos, tristeza, não achar graça na vida, materialismo excessivo, falta de
compreensão, falta de sensibilidade, excesso de apego a tudo, dores de perda e abandono.
Manifestações físicas: infartos, angina, taquicardia, paradas respiratórias,
deficiência pulmonar, circulação precária, baixa imunidade, enfisema pulmonar,
câncer de mama, lúpus, doenças do sangue em geral, doenças arteriais, gripe.
CHAKRA LARÍNGEO –
Vishuddha - O Purificador
Órgãos: garganta, boca, ouvidos.
Aspecto da consciência: autoexpressão, criatividade, materialização de ideias,
realizações, inteligência em ação.
Comportamentos que podem gerar
desequilíbrios: não conseguir falar,
não conseguir opinar, não conseguir verbalizar ou expressar os sentimentos,
engolir os sentimentos reprimidos, não conseguir por projetos em prática.
Manifestações físicas: falta de criatividade para verbalizar pensamentos,
dificuldade de expressão e comunicação (principalmente em público), asma,
artrite, alergias, laringite, dores de garganta, problemas menstruais, herpes e
aftas, problemas com o cabelo e com a pele, crescimento descontrolado do corpo
na infância, bócio, câncer de garganta, perda da voz, surdez, problemas nos
dentes e nas gengivas.
CHAKRA DO TERCEIRO
OLHO – Ajna - Centro do Comando
Órgãos: olhos, têmpora, sistema nervoso.
Aspecto da consciência: responsabilidade por si mesmo, discernimento,
inteligência, consciência, intuição, clarividência, cocriação do universo.
Comportamentos que podem gerar
desequilíbrios: ceticismo,
materialismo excessivo, excesso de preocupações na vida, não saber das limites
na vida, excesso de negatividade, raiva do mundo, futilidade, dificuldade em
viver a vida, visão excessivamente racional e lógica.
Manifestações físicas: incapacidade de visualizar e compreender conceitos
mentais, incapacidade de por ideias em prática, a tireóide influencia a função
de todas as outras glândulas, dores de cabeça, sinusite, confusão mental,
dificuldade de concentração, memória ruim, otites, hiperatividade mental.
CHAKRA CORONÁRIO – Sahasrara
- Lótus das Mil Pétalas
Órgãos: parte superior do cérebro.
Aspecto da consciência: ligação com a essência da alma, vontade e propósito
espiritual, missão da alma, sentido da vida.
Comportamentos que podem gerar
desequilíbrios: negligência
espiritual, alienação da causa e missão pessoal, falta de fé, incredulidade,
não aceitar o mundo, não se ligar a uma consciência divina, não crer em Deus,
brigar com Deus, rejeitar a sua origem e criação.
Manifestações físicas: desequilíbrio no relógio biológico e do sono, estado de
torpor constante, estado de espírito alterado, desarmonia no vínculo entre o
corpo físico e os corpos sutis, não integração total da personalidade com a
vida e os aspectos espirituais, tumores no cérebro, obsessões espirituais,
depressões, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, esquizofrenia, epilepsia,
influencia a função de todos os outros chakras.
Certamente nos
conectamos a mais de um chakra e a mais de um tipo de desequilíbrio – até
porque, com o tempo, um começa a reverberar no outro, desarmonizando
completamente o funcionamento dos nossos centros de energia.
Muito propício trazer
uma mensagem de Ashtar, entregue em julho de 2017:
“Vocês estão imersos
em um grande salão de reconhecimentos. Salão que está mostrando-lhes quem
realmente são e o que ainda precisa ser curado e iluminado em vocês. Foi, sem
dúvida, uma longa viagem até aqui, até este ponto que, como eu venho dizendo
nos últimos meses, vocês estão passando por uma grande transformação. Alguns de
vocês, dentro desse salão de reconhecimento, estão, realmente, impressionados,
com o que ainda precisava ser curado. E isso, minha amada família, não deve ser
motivo de tristezas ou desapontamentos com vocês mesmos. Deve ser motivo de
alegria, pois se vocês chegaram até aqui é, simplesmente, porque já são
vitoriosos.
Neste salão, vocês
terão a oportunidade de se olharem encarando os seus próprios medos, angústias
e sombras ainda ocultas, que precisa, realmente, ser curadas nesta fase que,
devido ao imenso progresso que o seu planeta tem feito rumo à Ascensão, exige
que olhem para si mesmos e se reconheçam como são, sua Luz inata. O que não
pertence a vocês, definitivamente, precisa ser curado. Toda essa aceleração
necessária é devido às suas próprias escolhas de avançarem o quanto antes e
seguir Gaia no seu processo de ascensão. É possível dizer que é um salão de
espelhos, onde poderão se ver naquilo que diriam ser suas faces: algumas partes
mais sombrias que vocês assumiram como suas ao longo de suas muitas
encarnações; aquelas que estiveram mais desconectadas da sua essência mais
pura. Outras mais puras, aquelas que vocês assumiram quando estiveram em maior
conexão com a sua essência. Entendam que não é um tribunal onde serão julgados
por todas as suas experiências, mas uma oportunidade para verem o jogo de
dualidade que vieram experimentar. E, nessa fase de espelhos, saberão,
internamente, quem realmente vocês são: aqueles que assumem as faces mais doces
e amorosas, pois essas são as suas verdadeiras faces. As outras são faces que
lhes serviram, justamente, para que pudessem experimentar a dualidade e
passassem a valorizar mais ainda a sua Luz e conexão com sua essência mais
pura.
Nunca há julgamentos,
queridos, de nenhuma maneira. Alguns de vocês podem temer olhar para as suas
faces mais sombrias, mas é isso que não queremos. Desejamos que vocês as
encarem de uma forma amorosa, assumindo, definitivamente, a sua face doce de
Amor e Luz, que é sua natureza original. Muitos de vocês têm extrema
dificuldade de assumirem essas faces que lhes serviram para experimentar a
dualidade, negando-as severamente; e essa não é a minha proposta, nem de nenhum
outro irmão que deseje manifestar-se para orientá-los. O salão de espelhos é,
justamente, para que olhem para todas elas e, a partir desse ponto, assumam as
suas faces originais de amor e doçura. Automaticamente, as outras faces serão
envolvidas no olhar misericordioso de, simplesmente, vocês terem se reconhecido
como são.
É só amor.
Foi por amor que um
dia adentramos na dualidade e é por meio do amor que estamos reconstruindo o
nosso caminho de volta à unidade. De dentro pra fora, do pequeno para o grande.
Foi, também, por amor,
que o Criador preencheu o caminho com adoráveis ajudantes.
A cada chakra
corresponde uma vibração original, uma frequência natural, um estado de
perfeição que pode ser ativado por meio do espectro das cores, do reino
vegetal, do reino mineral, dos sons, dos números.
Fechem os olhos e
conectem-se com a vibração de cada um dos seus centros de energia:
O chakra base é
vermelho, yang (gira em movimento de expansão) e corresponde ao número 1. O seu
mantra é o LAM. Os cristais que ativam a sua vibração natural são a turmalina negra,
o ônix, o jaspe vermelho, o rubi, entre outros. As ervas correspondentes são: o
alecrim, o capim-limão, a hortelã, o manjericão, o açafrão da terra, a canela,
a malva, o orégano, a pariparoba, entre outras. Ele nos diz: Eu sou, eu estou e
eu reconheço o meu poder de ação!
O chakra umbilical é
laranja, yin (gira em movimento de recepção) e corresponde ao número 2. O seu
mantra é o VAM. Os cristais que ativam a sua vibração natural são o âmbar, a
calcita laranja, a ágata laranja, entre outros. As ervas correspondentes são: o
alecrim, o capim-limão, a hortelã, o manjericão, o açafrão da terra, o anis
estrelado, a artemísia, a canela, o gengibre, o hibisco, a laranjeira, o
eucalipto, a malva, entre outras. Ele nos diz: Eu sinto e eu compartilho! Eu
conheço os meus limites, eu me conecto e eu permito a troca!
O chakra do plexo
solar é amarelo, yang (gira em movimento de expansão) e corresponde ao número 3. O seu mantra é o RAM.
Os cristais que ativam a sua vibração natural são o citrino, o topázio amarelo,
a calcita amarela, entre outros. As ervas correspondentes são: o alecrim, o
capim-limão, a hortelã, o manjericão o açafrão da terra, a arruda, o boldo, a
camomila, a canela, a cavalinha, a erva doce, a erva mate, a malva, o maracujá,
a marcela, a valeriana, entre outras. Ele nos diz: Eu faço, eu crio! Eu fico
com o que é meu e deixo o outro com o que é do outro!
O chakra cardíaco é
verde, yin (gira em movimento de recepção) e corresponde ao número 4. O seu
mantra é o YAM. Os cristais que ativam a sua vibração natural são o quartzo
verde, a fluorita verde, a amazonita, a jade, entre outros. As ervas
correspondentes são: o alecrim, o capim-limão, a hortelã, o manjericão, a
canela, a carqueja, o cominho, o guaco, a malva, a melissa, entre outras. Ele
nos diz: Eu amo!
O chakra laríngeo é
azul claro, yang (gira em movimento de expansão) e corresponde ao número 5. O
seu mantra é o HAM. Os cristais que ativam a sua vibração natural são o quartzo
azul, a safira, a sodalita, a água marinha, entre outros. As ervas
correspondentes são: o alecrim, o capim-limão, a hortelã, o manjericão, a
alfazema, a canela, o chá verde, o funcho, a malva, a sálvia, o tomilho, entre
outras. Ele nos diz: Eu falo, eu busco, eu me comunico! Eu posso transformar a
minha realidade!
O chakra do terceiro
olho é azul índigo, yin (gira em movimento de recepção) e corresponde ao número
6. O seu mantra é o OM. Os cristais que ativam a sua vibração natural são o
lápis lazuli, a azurita, a safira azul, entre outros. As ervas correspondentes
são: o alecrim, o capim-limão, a hortelã, o manjericão, canela, coentro, o
cravo, a malva, a tanchagem, entre outras. Ele nos diz: eu vejo! Eu vejo além!
O chakra coronário é
violeta, yang (gira em movimento de expansão)
e corresponde ao número 7. O seu mantra é o OM. Os cristais que ativam a
sua vibração natural são a amestista, a safira violeta, a fluorita, entre
outros. As ervas correspondentes são: o alecrim, o capim-limão, a hortelã, o
manjericão, a calêndula, a canela, a malva, entre outras. Ele nos diz: Eu
entendo, então silencio.
Existem inúmeras
variações destas classificações. A sugestão é que se conectem com o corpo e com
os centros de energia, e que façam a sua própria pesquisa, que encontrem o que
mais ressoa e o que melhor serve.
Como podem ver,
existem muitas ferramentas disponíveis e esperando para nos acolher em nossos processos.
Esse é o trabalho de
uma vida e escolhemos essa para realizá-lo.
Buscar a si.
Ver-se por completo.
Permitir o processo de
integração.
Lembrem-se, o que está
oculto não pode ser trabalhado.
Precisamos, apenas,
ver, sentir, acolher, honrar, amar e liberar. Quantas vezes forem necessárias.
Por fim, um trecho bastante significativo do livro Criando União:
"No seu estado atual, uma parte do seu ser mais íntimo está desenvolvida e rege o que vocês pensam, sentem, desejam e fazem. Há outras partes, ainda em condições de menor desenvolvimento, que também regem e influenciam os pensamentos, os sentimentos, os desejos e a atuação. Assim, vocês estão divididos, o que sempre gera tensão, dor e ansiedade, além de dificuldades internas e externas. Alguns aspectoa da personalidade sâo autênticos, e outros apresentam erros e distorções. A confusão consequente provoca sérias perturbações. O que as pessoas geralmente fazem é ignorar um desses aspectos e identificar-se com o outro. No entanto, negar uma parte de si mesmo não resulta em unificação. Pelo contrário, aumenta a divisão. O que se deve fazer é trazer à tona o lado divergente e conflitante e encará-lo - encarar a ambivalência por inteiro. Só então é possível encontrar a realidade última do eu unificado. Como vocés sabem, a unificação e a paz surgem na medida em que a natureza do conflito interior é admitida, aceita e entendida. (...)
Embora o princípio da unificação seja exatamente o mesmo dentro das pessoas e entre elas, ele não pode ser aplicado a outro ser humano se primeiramente não tiver sido aplicado ao eu interior. Se as partes divergentes do eu não forem aproximadas, de acordo com esta verdade, se a ambivalência não for encarada, aceita e entendida, o processo de unificação não pode ser colocado em prática com outra pessoa. Este é um fato muito importante, que explica a grande ênfase dada pelo Trabalho do Caminho à PRIORIDADE DAS QUESTÕES DO EU. (...)
O amor, a aceitação, a intimidade profunda e gratificante com os outros podem ser uma força unicamente positiva, sem qualquer ameaça, se esses embustes forem examinados, revelados e desfeitos. É da máxima importância, meus amigos, procurar eles dentro de vocês. (...)
A menos que a cisão entre o eu consciente e o eu real, que abrange os aspectos inconscientes, seja trazida à consciência, ela reaparecerá entre vocês e os outros. Conscientizar-se do eu real é começar a preencher essa lacuna - a consciência a diminui. A consciência, no fim das contas, leva à aceitação do que era anteriormente negado. (...)
A energia só pode ser transformada quando a pessoa está ciente do desvirtuamento da sua forma: no entanto, se você rejeitar a sua manifestação atual, como poderá transformá-la? (...)
A desunião interior não poderá trazer a união com os outros. É rematada tolice esperar que isso aconteça. No entanto, vocês não precisam esperar até estarem totalmente unificados. (...)
A aceitação de qualquer parte que vocês tenham rejeitado de si mesmos, recusando a torná-la consciente, resultará imediatamente em maior aceitação e compreensão das pessoas com as quais vocês lidam. Da mesma dorma, quem não consegue aceitar o seu lado mau, pensando que "primeiro eu preciso ser perfeito para depois poder me aceitar, amar e confiar em mim", demonstrará uma atitude idéntica em relação aos outros. Descobrindo, aos poucos, o quanto são intolerantes e críticos com os outros, vocês perceberão que fazem exatamente a mesma coisa consigo mesmos.
Por fim, um trecho bastante significativo do livro Criando União:
"No seu estado atual, uma parte do seu ser mais íntimo está desenvolvida e rege o que vocês pensam, sentem, desejam e fazem. Há outras partes, ainda em condições de menor desenvolvimento, que também regem e influenciam os pensamentos, os sentimentos, os desejos e a atuação. Assim, vocês estão divididos, o que sempre gera tensão, dor e ansiedade, além de dificuldades internas e externas. Alguns aspectoa da personalidade sâo autênticos, e outros apresentam erros e distorções. A confusão consequente provoca sérias perturbações. O que as pessoas geralmente fazem é ignorar um desses aspectos e identificar-se com o outro. No entanto, negar uma parte de si mesmo não resulta em unificação. Pelo contrário, aumenta a divisão. O que se deve fazer é trazer à tona o lado divergente e conflitante e encará-lo - encarar a ambivalência por inteiro. Só então é possível encontrar a realidade última do eu unificado. Como vocés sabem, a unificação e a paz surgem na medida em que a natureza do conflito interior é admitida, aceita e entendida. (...)
Embora o princípio da unificação seja exatamente o mesmo dentro das pessoas e entre elas, ele não pode ser aplicado a outro ser humano se primeiramente não tiver sido aplicado ao eu interior. Se as partes divergentes do eu não forem aproximadas, de acordo com esta verdade, se a ambivalência não for encarada, aceita e entendida, o processo de unificação não pode ser colocado em prática com outra pessoa. Este é um fato muito importante, que explica a grande ênfase dada pelo Trabalho do Caminho à PRIORIDADE DAS QUESTÕES DO EU. (...)
O amor, a aceitação, a intimidade profunda e gratificante com os outros podem ser uma força unicamente positiva, sem qualquer ameaça, se esses embustes forem examinados, revelados e desfeitos. É da máxima importância, meus amigos, procurar eles dentro de vocês. (...)
A menos que a cisão entre o eu consciente e o eu real, que abrange os aspectos inconscientes, seja trazida à consciência, ela reaparecerá entre vocês e os outros. Conscientizar-se do eu real é começar a preencher essa lacuna - a consciência a diminui. A consciência, no fim das contas, leva à aceitação do que era anteriormente negado. (...)
A energia só pode ser transformada quando a pessoa está ciente do desvirtuamento da sua forma: no entanto, se você rejeitar a sua manifestação atual, como poderá transformá-la? (...)
A desunião interior não poderá trazer a união com os outros. É rematada tolice esperar que isso aconteça. No entanto, vocês não precisam esperar até estarem totalmente unificados. (...)
A aceitação de qualquer parte que vocês tenham rejeitado de si mesmos, recusando a torná-la consciente, resultará imediatamente em maior aceitação e compreensão das pessoas com as quais vocês lidam. Da mesma dorma, quem não consegue aceitar o seu lado mau, pensando que "primeiro eu preciso ser perfeito para depois poder me aceitar, amar e confiar em mim", demonstrará uma atitude idéntica em relação aos outros. Descobrindo, aos poucos, o quanto são intolerantes e críticos com os outros, vocês perceberão que fazem exatamente a mesma coisa consigo mesmos.
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