O que é
verdadeiramente nosso?
Objetos? Pessoas?
Dinheiro? Imagem?
Nada disso é
verdadeiramente nosso, mas as experiências fruto desses relacionamentos, essas
são verdadeiramente nossas.
A forma com que eu me
aproprio do que é, hoje, meu.
A forma com que eu
reconheço o meu lugar no mundo.
A forma com que eu
reconheço os seres que me acompanham de perto na jornada e aprendo a vê-los
como espelhos, honrando a proposta de vida com a qual nos comprometemos.
A forma com que eu
respeito o meu corpo e desejo vê-lo saudável, livre e desbloqueado.
Por meio do nosso
olhar, da nossa observação, tudo o que um dia nos pareceu mundano torna-se
sagrado.
A minha casa não irá
comigo quando eu deixar a Terra, mas, enquanto eu estiver lá, ela será amada e
honrada. Cada elemental que faz parte das suas paredes, cada planta que surge
espontaneamente em seu solo, cada pássaro que, no verão, divide a piscina com
os meus filhos. Aquele lugar será melhor depois da minha passagem por ele.
O meu corpo não irá
comigo quando eu deixar a Terra, mas, por meio dele, eu aprenderei mais sobre
as minhas emoções, sobre as minhas escolhas e sobre o prazer. Vê-lo em
funcionamento, vê-lo em movimento, tocar o chão com os pés, sentir a água cair
sobre a pele, sentir o sabor dos alimentos preferidos, sentir os corações
batendo juntos em um abraço. E as mãos? Sou fascinada por elas: transformam
tudo em bênçãos.
O meu marido não irá
comigo quando eu deixar a Terra, mas, enquanto estiver ao meu lado, eu
observarei, extasiada e honrada, cada passo seu, cada escolha e cada processo.
O seu cheiro, o seu toque, a sua voz. A cor dos seus olhos e da sua pele. Ele é
o palco dos meus mais profundos processos, a minha sala de espelhos. Ele fundiu
o seu DNA ao meu, dando-me a oportunidade de receber, neste planeta, dois seres
abençoados, dois grandes professores para nós dois. Não é possível expressar em
palavras a intensidade do meu desejo de me abrir por completo e de recebê-lo
por completo.
Percebem o quanto é
grande a diferença entre um conhecimento reproduzido e um conhecimento que é
fruto de experiência pessoal? Existe um abismo entre elas.
Observar, destrinchar
e compreender os processos que se desenrolam em nossa própria vida – essa é a
experiência mais rica que esse planeta pode nos oferecer. Nada é simples, nada
é o que parece, nada pode ser esgotado pelos nossos sentidos.
Reconhecer a grandeza
latente dentro de si mesmo é um serviço que se faz a toda a humanidade. Uma vez
encontrada dentro, ela será perseguida em todas as pessoas que cruzarem o nosso
caminho. Jamais nos contentaremos com a superfície. Veremos além, ouviremos
além, tocaremos além.
As nossas
experiências, devidamente reconhecidas e assimiladas, tornam-se a chave de
acesso para o universo particular do outro. Como disse Brenè Brown:
“A empatia é uma escolha vulnerável, pois para me conectar a você, eu
tenho que me conectar com algo dentro de mim que reconhece esse sentimento.”
Não poderia deixar de
citar o Pequeno Príncipe:
“Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de
trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste. Mas tu tens cabelos cor de
ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é
dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo.
(...)
Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado
pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia
jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis.
São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar.”
Apenas após a sua
jornada pessoal, apenas após viver as suas próprias experiências, é que o
Pequeno Príncipe foi capaz de reconhecer a grandeza que existia na simplicidade
do seu planetinha, bem como a complexidade e a beleza do seu relacionamento com
a rosa.
Ela não sabia dar-lhe
o que ele esperava. E ele não sabia receber o que ela tinha a oferecer.
Quão profundo pode ser
esse ensinamento?
Quão valiosas são as
experiências de verdadeira conexão com as pessoas?
Quão importante é o
reconhecimento da vulnerabilidade para o desenrolar das nossas relações?
Quão necessário é
reconhecermos e respeitarmos o ritmo com que o outro caminha?
Quanta disponibilidade
e atenção são necessárias para não projetarmos sobre os outros e não aceitarmos
as projeções que fazem sobre nós?
Quanta resiliência é
necessária para elevarmos a nossa cabeça e nos reconhecermos como seres dignos
e merecedores, apesar de qualquer passo equivocado que tenha sido dado ao longo
do caminho?
Quanta força é
necessária para enfrentarmos a dor de termos desrespeitado a nós mesmos, de
termos nos diminuído para caber na vida de algumas pessoas, de termos acolhido
o papel de vítima, de termos nos despedaçado até a alma?
Pode parecer um
paradoxo, mas a profundidade nos traz leveza e a vulnerabilidade nos traz
força, muita força.
Apenas após mergulhar
profundamente dentro de mim e me entregar de corpo e alma ao que eu, de fato,
era - sem drama e sem historinha bonita, cheia de justificativas -, é que eu
fui capaz de retornar ao meu planetinha e, pela primeira vez, olhá-lo com
ternura, gratidão e responsabilidade.
Percebi, claramente,
que todas as vezes em que eu me senti vazia, foi por não saber receber o que o
outro tinha a oferecer, por esperar diferente, por criar expectativas.
Eu desejava
ardentemente que alguém me entregasse o que, em mim, faltava.
Claro como o dia, a
minha vivência em relação às emoções, aos chakras e aos desequilíbrios não é
nada técnica, nem se encaixa em regras.
Não existe fórmula mágica,
mas existe uma coisa que não pode faltar: o desejo de ir fundo em si mesmo, de
se libertar do que quer que seja que nos escraviza, que nos faz menores e
dependentes.
Finalizo com um trecho
de Og Mandino:
Sente minha mão. Ouve minhas palavras. Precisas de mim... e eu preciso de
ti. Temos um mundo a reconstruir... e se tal requer um milagre, o que é isso
para nós? Ambos somos milagres, e agora temos um ao outro.
Não fiz qualquer outro esforço para aperfeiçoar-te em todos esses anos.
Pois como se poderia aperfeiçoar um milagre? Tu eras uma maravilha a contemplar
e eu me satisfiz. Dei-te este mundo e o domínio sobre ele. Dei-te o poder de
imaginar. Depois, a fim de te capacitar a alcançar teu pleno potencial,
coloquei minha mão em ti, mais uma vez e dotei-te de poderes desconhecidos a
qualquer outra criatura do Universo, até o dia de hoje.
Dei-te o poder de pensar. Dei-te o poder de
amar. Dei-te o poder de querer. Dei-te o poder de rir. Dei-te o poder de
imaginar. Dei-te o poder de criar. Dei-te o poder de planejar. Dei-te o poder
de falar. Dei-te o poder de orar. Meu orgulho em ti não conheceu limites.
Eras minha criação suprema, meu milagre maior.
Um ser vivo completo, criatura que pode ajustar-se a qualquer clima,
a qualquer vicissitude, a qualquer desafio. Criatura que pode cuidar de seu
próprio destino sem qualquer interferência minha. Criatura que pode traduzir
uma sensação ou percepção, não por instinto, mas por pensamento e deliberação,
levando-a a qualquer ato que fosse melhor para ela e para toda a humanidade.
Assim chegamos à Quarta Lei de êxito e felicidade... pois eu te dei um
poder mais, poder tão grande que nem mesmo meus anjos o possuíam...Eu te dei...poder de escolher. Com
este Dom, coloquei-te acima até mesmo dos meus anjos... pois os anjos não tem a
liberdade de escolher o pecado.
Dei-te o controle completo sobre o teu destino. Eu te disse para determinares,
por ti próprio, tua própria natureza, de acordo com tua própria vontade livre.
Nem divino, nem terreno em natureza, estavas livre para modelar-te na
forma que preferisses.
Tinhas o poder de escolher a degeneração para formas mais baixas de vida,
mas também tinhas o poder, pelo juízo de tua alma, de renascer nas formas mais
elevadas, que são divinas.
Nunca retirei o teu grande poder, o poder de
escolher. O que fizeste com esta força tremenda? Olha para ti mesmo. Pensa nas
escolhas que fizeste em tua vida e lembra, agora, aqueles momentos amargos em
que cairias de joelhos se, ao menos, tivesses a oportunidade de voltar a
escolher. O que passou, passou... e agora, tu conheces a Quarta grande lei da
felicidade e êxito... usa com sabedoria
o poder da tua escolha.
Escolhe amar...em vez de odiar.
Escolhe rir...em vez de chorar.
Escolhe criar...em vez de destruir.
Escolhe perseverar...em vez de
desistir.
Escolhe louvar...em vez de difamar.
Escolhe curar...em vez de ferir.
Escolhe dar...em vez de roubar.
Escolhe agir...em vez de lamentar.
Escolhe crescer...em vez de
apodrecer.
Escolhe orar...em vez de amaldiçoar.
Escolhe viver...em vez de morrer.
Agora sabes que teus infortúnios não foram a minha vontade, pois todo o
poder estava depositado em ti, e o acúmulo de feitos e pensamentos que te
colocaram no refugo da humanidade foram tua obra, não minha.
Meus dons de poder foram grandes demais para tua natureza pequena. Agora
tu te tornaste alto, sábio, e os frutos da terra serão teus. És mais do que um
ser humano. És capaz de grandes maravilhas. Teu potencial é ilimitado. Quem
mais, entre minhas criaturas, conquistou o fogo? Quem mais, entre minhas
criaturas, conquistou a gravidade, perfurou os céus, dominou a doença e a
pestilência e a seca?
Nunca mais voltes a te diminuir! Nunca mais te
conformes com as migalhas da vida! Nunca mais escondas teus talentos, a partir
deste dia!
Lembra-te da criança que diz: "quando eu for grande..." Mas o
que é isso? Pois o menino grande diz: "Quando eu crescer..." E quando
crescido, , ele diz: "Quando eu me casar..." Mas estar casado, o que
é isto, afinal? O pensamento transforma-se então para: "Quando eu me
aposentar..." E então, chega a aposentadoria, e ele lança o olhar sobre a
paisagem que atravessou; o vento frio sopra sobre ele e, de algum modo, ele
perdeu tudo aquilo, e o que queria desapareceu.
Desfruta este dia, hoje... e amanhã, amanhã. Executaste o maior
milagre do mundo. Voltaste de uma morte viva. Não mais sentirás
autocomiseração, e cada dia será um desafio e uma alegria. Tu renasceste...
mas, exatamente como antes, podes escolher o fracasso e o desalento, ou o êxito
e a felicidade. A escolha é tua. A escolha é exclusivamente tua. Eu só posso
observar como antes... com satisfação... ou pesar.
Lembra-te, então, das quatro leis da felicidade e êxito.
Conta tuas bênçãos.
Proclama tua raridade.
Anda mais uma milha.
Usa sabiamente o teu poder de
escolha.
E mais uma, para completar as quatro outras. Faz todas as coisas com amor... amor por ti próprio, amor por todos os
outros, amor por mim. Enxuga tuas lágrimas. Estende a mão, apanha a
minha, põe-te ereto. Deixa-me retirar as mortalhas sepulcrais que te envolviam.
Neste dia, foste notificado.
TU ÉS O MAIOR MILAGRE DO MUNDO!
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