Fala-se
muito sobre ser verdadeiro e transparente.
Justifica-se
falando sobre a posição do sistema solar na Via Láctea, sobre a onda fotônica,
sobre o pulso galáctico, sobre a Ressonância Schumann, sobre conjunção
planetária, sobre o salto de consciência e a onda de despertar em massa, entre
outros.
São
apenas gatilhos.
No
fundo é puro amor. Esse é o desejo e esse é o plano do Criador, que já está acontecendo
de fora para dentro.
E
nós estamos aqui para garantir que o desejo do Criador também se manifeste de
dentro para fora; para que, então, essas forças se encontrem e se
potencializem.
A
sinergia entre o desejo do Criador e o livre arbítrio do ser humano... não há
força mais poderosa que essa.
O
amor do Criador por sua criação. O amor do ser humano por si próprio.
O
Criador sempre cumpriu com a sua parte nesse pacto.
Como,
então, ativar a parte que nos compete? Como fazer com que o nosso campo toque e
sinta o campo do Criador?
Precisamos
sutilizar, precisamos ficar mais leves, mais fluidos, mais lúcidos.
Precisamos
nos libertar da bagagem e dos personagens. Precisamos dissolver as
justificativas que utilizamos para manter os nossos padrões de pensamento e de
comportamento.
O
universo está nos provendo dos meios necessários (externos) para que consigamos
encontrar, internamente, a força motriz para o nosso salto de consciência: a
autenticidade, aquela assinatura só nossa.
A
verdade interior é um tesouro que só se apresenta aos corajosos.
Para
chegar até ela, precisamos olhar, uma a uma, as nossas convicções, as nossas
histórias, as nossas dores (que muitas vezes são os alicerces da persona que
representamos nessa vida).
Percebam:
quais são as histórias que mais contamos sobre nós mesmos? Somos capazes de
relacionar com rapidez os traumas e desapontamentos que sofremos. Mas é com
relativa dificuldade que relacionamos alguns momentos de felicidade e
plenitude. É quase como se não existissem de verdade.
Precisamos
inverter essa regra. Precisamos parar de alimentar o nosso corpo de dor e
retomar a nossa autonomia.
A
verdade interior não se esconde atrás de muletas. A nossa parte no pacto é, então,
nos livrarmos das muletas uma a uma.
Precisamos
voltar o olhar para dentro.
Precisamos
permitir que toda essa energia velha e estagnada seja chacoalhada e precisamos
passar a agradecer por esse processo.
Precisamos
nos posicionar como agentes de mudança da própria vida, antes de buscar
revoluções externas.
Precisamos
ser absolutamente sinceros conosco, percebendo que nunca (nunca!) é sobre os
outros.
Precisamos
viver a nossa essência e permitir que o outro viva a dele, que também é bonita.
Precisamos
assumir plena responsabilidade sobre a nossa vida, sobre as escolhas que fizemos
e fazemos.
Precisamos
olhar para a nossa própria vida com os olhos do ser soberano que, sim, pode viver
conforme a própria natureza e que pode escolher diferente daqui para frente.
Precisamos
respeitar, amar e acolher a nós mesmos, na nossa mais pura representação na
terceira dimensão – lindo e feio, feliz e triste, luz e sombra.
Precisamos
aprender a não usar nada, nem ninguém, de bode expiatório. Jamais transferir
responsabilidades.
Apenas
quando nos acolhemos por completo, quando nos permitimos ser autênticos em
qualquer situação, é que aprendemos o amor incondicional – que apenas
extravasará de nós.
A
desconexão com a própria essência custa muito caro. Fragmenta, separa, esvazia.
Tornamo-nos dependentes, reféns do humor e da postura dos outros, da aprovação
dos outros, da presença dos outros.
Precisamos
tomar consciência de nós mesmos, da forma de agir e de reagir, das emoções e do
corpo, das necessidades, das paixões, da dinâmica do dar e do receber na nossa
vida.
Precisamos
trabalhar o desapego e aqui eu me refiro a desapegar-se da própria “imagem”.
Liberar-se
da preocupação com o que os outros pensam, com o que os outros esperam, com o
julgamento, com a crítica – lembrando-se que o “externo”, que nos aguarda, é o
Criador e ele está cumprindo com a sua parte do pacto.
Liberar-se
do medo do novo, confiando nesse universo de amor cujo fluxo nos circunda.
Liberar-se
dos conceitos de certo e errado, para que o nosso agir não seja condicionado
pelo medo da punição, do troco, do castigo – mas pela consciência e pelo
discernimento.
Esse
é o momento da nossa ressurreição. Renascer em vida, para a vida.
Sobreviver
não é uma opção para quem não cabe dentro de si.
Chegou
a hora de entrar em erupção.
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