quarta-feira, 22 de maio de 2019

Releitura - Chegou a hora de entrar em erupção.




Fala-se muito sobre ser verdadeiro e transparente. 

Justifica-se falando sobre a posição do sistema solar na Via Láctea, sobre a onda fotônica, sobre o pulso galáctico, sobre a Ressonância Schumann, sobre conjunção planetária, sobre o salto de consciência e a onda de despertar em massa, entre outros.

São apenas gatilhos.

No fundo é puro amor. Esse é o desejo e esse é o plano do Criador, que já está acontecendo de fora para dentro.

E nós estamos aqui para garantir que o desejo do Criador também se manifeste de dentro para fora; para que, então, essas forças se encontrem e se potencializem.

A sinergia entre o desejo do Criador e o livre arbítrio do ser humano... não há força mais poderosa que essa.

O amor do Criador por sua criação. O amor do ser humano por si próprio.

O Criador sempre cumpriu com a sua parte nesse pacto.

Como, então, ativar a parte que nos compete? Como fazer com que o nosso campo toque e sinta o campo do Criador?

Precisamos sutilizar, precisamos ficar mais leves, mais fluidos, mais lúcidos.

Precisamos nos libertar da bagagem e dos personagens. Precisamos dissolver as justificativas que utilizamos para manter os nossos padrões de pensamento e de comportamento.

O universo está nos provendo dos meios necessários (externos) para que consigamos encontrar, internamente, a força motriz para o nosso salto de consciência: a autenticidade, aquela assinatura só nossa.

A verdade interior é um tesouro que só se apresenta aos corajosos.

Para chegar até ela, precisamos olhar, uma a uma, as nossas convicções, as nossas histórias, as nossas dores (que muitas vezes são os alicerces da persona que representamos nessa vida).

Percebam: quais são as histórias que mais contamos sobre nós mesmos? Somos capazes de relacionar com rapidez os traumas e desapontamentos que sofremos. Mas é com relativa dificuldade que relacionamos alguns momentos de felicidade e plenitude. É quase como se não existissem de verdade.

Precisamos inverter essa regra. Precisamos parar de alimentar o nosso corpo de dor e retomar a nossa autonomia.

A verdade interior não se esconde atrás de muletas. A nossa parte no pacto é, então, nos livrarmos das muletas uma a uma.

Precisamos voltar o olhar para dentro.

Precisamos permitir que toda essa energia velha e estagnada seja chacoalhada e precisamos passar a agradecer por esse processo.

Precisamos nos posicionar como agentes de mudança da própria vida, antes de buscar revoluções externas.

Precisamos ser absolutamente sinceros conosco, percebendo que nunca (nunca!) é sobre os outros.

Precisamos viver a nossa essência e permitir que o outro viva a dele, que também é bonita.

Precisamos assumir plena responsabilidade sobre a nossa vida, sobre as escolhas que fizemos e fazemos.

Precisamos olhar para a nossa própria vida com os olhos do ser soberano que, sim, pode viver conforme a própria natureza e que pode escolher diferente daqui para frente.

Precisamos respeitar, amar e acolher a nós mesmos, na nossa mais pura representação na terceira dimensão – lindo e feio, feliz e triste, luz e sombra.

Precisamos aprender a não usar nada, nem ninguém, de bode expiatório. Jamais transferir responsabilidades.

Apenas quando nos acolhemos por completo, quando nos permitimos ser autênticos em qualquer situação, é que aprendemos o amor incondicional – que apenas extravasará de nós.

A desconexão com a própria essência custa muito caro. Fragmenta, separa, esvazia. Tornamo-nos dependentes, reféns do humor e da postura dos outros, da aprovação dos outros, da presença dos outros.

Precisamos tomar consciência de nós mesmos, da forma de agir e de reagir, das emoções e do corpo, das necessidades, das paixões, da dinâmica do dar e do receber na nossa vida.

Precisamos trabalhar o desapego e aqui eu me refiro a desapegar-se da própria “imagem”.

Liberar-se da preocupação com o que os outros pensam, com o que os outros esperam, com o julgamento, com a crítica – lembrando-se que o “externo”, que nos aguarda, é o Criador e ele está cumprindo com a sua parte do pacto.

Liberar-se do medo do novo, confiando nesse universo de amor cujo fluxo nos circunda.

Liberar-se dos conceitos de certo e errado, para que o nosso agir não seja condicionado pelo medo da punição, do troco, do castigo – mas pela consciência e pelo discernimento.

Esse é o momento da nossa ressurreição. Renascer em vida, para a vida. 

Sobreviver não é uma opção para quem não cabe dentro de si.

Chegou a hora de entrar em erupção.


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