Reúnem-se, aqui, almas
com as quais temos nos relacionado por muitas vidas.
Almas que foram
atraídas para este movimento sem saber o porquê e sem questioná-lo.
Apenas vieram e se
entregaram.
Entrega é o maior
salto que pode ser dado por um ser humano e nós nos curvamos a cada um de vocês
por isso.
Vemos cada um ocupando
lindamente o seu lugar, movimentando a sua divindade com doçura entre os
demais, respeitando, honrando e sustentando as energias que se colocam a nossa
disposição a cada encontro.
Aqui não somos homens,
nem mulheres. Não temos idade, nem corpo. Talvez assim também seja o Criador.
Dentro da natural
limitação imposta pela realidade que escolhemos experimentar, casa tribo o
compreendeu de uma forma e cada religião o descreveu de uma maneira.
Grande parte de nós,
provenientes de famílias católicas, recebeu em seus registros a imagem de um
Deus Pai. Rígido, dominador, punidor, controlador, autoritário.
O meu pai não é assim.
Existe, nele, uma incansável disposição em me ver feliz e o mais perto possível
do abraço dele. Não existe hierarquia,
nem dominação – estou certa de que ele caminha ao meu lado.
O medo nos afastou de
Deus, mas jamais o afastou de nós.
Como fazer, então,
para diminuir essa distância? Como deixá-lo chegar mais perto? Como fazer para
desconstruir a imagem que, por tantos séculos, foi atribuída ao nosso Criador?
Através da mãe seria
um bom começo.
Aquela que guarda os
nossos segredos com um sorriso maroto no rosto, que nos ensina sobre
generosidade, sobre doação, sobre acolhimento. Aquela que confia cegamente na
nossa bondade e na nossa capacidade de superação. Aquela que nos garante o
pertencimento e nos mostra que para sermos amados, basta termos nascido.
Mas, convenhamos, comparar
o Criador a um pai ou a uma mãe é por demais limitante, ainda mais se
considerarmos que é da relação parental que surgem os mais profundos traumas
que carregamos conosco.
Não, o Criador não
pode ser compartimentado ou fragmentado.
Existe uma frase (que
eu desconheço a origem) e diz mais ou menos assim: “E se eu te dissesse que a
asa direita e a asa esquerda pertencem ao mesmo pássaro”?
O pássaro é Deus.
Tudo, absolutamente tudo, está nele contido.
Assim, o tão falado
ancoramento da Deusa não significa a partida de Deus, não é uma substituição.
Também não significa
que apenas parte Dele esteve atenta a este Planeta desde os seus primórdios.
Não se trata de
patriarcado e matriarcado.
Trata-se da ampliação
da NOSSA percepção acerca do Criador, permitindo que ele se manifeste de forma integral.
Trata-se de uma fusão que está acontecendo em todos os níveis da existência.
Tanto os homens,
quanto as mulheres, desconhecem a sua verdadeira natureza. Foram milhares de
anos de implantes, programações genéticas, imposições sociais e religiosas.
Agressores e
agredidos. Violentos e violentados. Dominadores e subjugados. Fomos todos eles.
Carregamos a herança dessas dores em nosso registro akáshico, em nossas
células, em nossos campos.
Chega. Eu escolho
assumir a minha divindade dentro desse movimento e trabalhar a cura do meu
corpo emocional, em vez de alimentá-lo relação após relação, projetando-o no
outro.
Não existe nenhuma
pessoa aqui que não seja capaz e, portanto, responsável por reprogramar os
papéis que representam em seu próprio ambiente.
A nossa cura e a nossa
expansão são de nossa responsabilidade.
Há diversas
ferramentas e esse grupo é apenas uma delas.
Enquanto os movimentos
feministas operam (legitimamente) na fisicalidade, garantindo que homens e
mulheres tenham isonomia de direitos; os grupos de Sagrado Feminino e de
Sagrado Masculino florescem em outro nível para garantir que acessemos a nossa
verdadeira natureza e os nossos verdadeiros valores.
As rosas e os
beija-flores.
Então, o ato de
convidarmos a energia feminina do Criador para ancorar na Terra, significa que reconhecemos
que todas as polaridades pertencem ao mesmo espectro. Que por meio do nosso
livre arbítrio, desejamos honrar o divino entrelaçar entre os atributos
femininos e masculinos. Que nós mesmos podemos transitar livremente entre a
firmeza e a complacência, entre o pulso e o colo, entre a atividade e a
passividade. Significa que estaremos vigilantes à voz da culpa e à voz do
julgamento.
Então, o Criador deixa
de ser um conceito e passa a ser uma presença. A nossa presença.
Aqui nos posicionamos
em receptividade, enchemos os nossos vasos e, então, preenchidos, agimos: levamos
as nossas partículas de consciência expandidas em todos os passos que damos,
alavancando pequenos e grandes movimentos em nosso entorno.
Finalizamos com Kryon:
“Pela sua
magnificência no Planeta você será conhecido, que é você na cadeira, ouvindo
hoje. Que tal isso? Pela sua magnificência em ser humano e passar por isso,
você será conhecido. Não pelo que você faz enquanto estiver aqui.
A magnificência da
velha alma será ampliada ainda mais por meio de ações compassivas. É para isso
que você está aqui.
Então, se você quer
mesmo uma meta, eu darei a você: ação compassiva. Viva como um mestre.
(...)
Nesta vida e em outras
que vocês viverão, por sua magnificência, vocês serão conhecidos como aqueles
que criaram a paz na Terra e eventualmente a levaram para a ascensão.”
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