O canto especial da
Irmandade nos traz de novo ao nosso ponto de partida: Jesus e Maria Madalena –
que são, para nós, a representação mais familiar do equilíbrio divino.
Muitos de nós – senão
todos – partilhamos experiências naqueles tempos. Ouvimos, extasiados, a boa
nova. Dançamos em torno do fogo. Repartimos o pão.
Também fomos
perseguidos, sentimos medo, questionamos.
Retornamos muitas
vezes, sempre firmados nos mesmos propósitos: a libertação, o direito à
plenitude, a manifestação do amor.
Nós assumimos o
compromisso de elevar a raça humana por meio de cada corpo que aqui utilizamos.
Foi um longo caminho.
Certa vez, em prantos,
eu pedi a Jesus que colocasse em minha mente o olhar amoroso que, naqueles
tempos, me resgatou de uma vida sem sentido.
Ele, então, disse:
“esse olhar, hoje, é o seu”.
Percebam, hoje, nós
somos a boa nova. Ela é viva e se manifesta. Ela pulsa.
Desde que mergulhamos
na densidade, após a queda da Atlântida, talvez seja a primeira existência em
que podemos nos reunir e nos manifestar livremente; em que estamos todos a
serviço da paz e do bem.
Isso é a Irmandade da
Rosa: a reunião de uma família.
A energia que aqui se
manifesta é a da abertura, da amplitude, da acessibilidade, da disponibilidade.
Assim, expostos e
vulneráveis, permitimos a mais pura conexão, pois somos essência – e, em
essência, somos todos divinos.
Acolhemos a nossa
divindade e a divindade do outro. Fazemos as pazes com as nossas escolhas e com
as escolhas do outro.
Diferentes modos de
caminhar guiados ao mesmo destino: a unificação.
Essa é a representação
no centro da nossa mandala: o Um, o fluxo divino da vida, o ir e vir, o
movimento, o infinito se manifestando no agora.
Nós somos o infinito
se manifestando no agora.
Somos a nossa
ancestralidade. Somos a nossa herança galáctica. Somos todas as linhas do tempo
convergindo conscientemente e muito determinadamente para elevação de Gaia: nós
a levaremos conosco neste salto, por isso temos retornado insistentemente e
amorosamente para este orbe.
Nós somos a personificação
das limpezas da nossa amada Mãe Terra. Filhos e Filhas da Terra a serviço de
quem tanto lhe nutriu, a serviço de quem preparou e sustentou o palco para
tantas existências e tantos aprendizados.
Então, no silêncio do
nosso ser, que despenquem as máscaras, que se dissolvam as couraças, que
desmoronem as verdades e os julgamentos; para que nos reconheçamos frutos da
mesma árvore, portadores da mesma Luz da Vida.
Eis a Terra Prometida
e eis, aqui, as crianças, os puros de coração.
Talita Rebello
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