Começo com Maria Madalena:
Eu gostaria que você tivesse uma compreensão do seu parceiro,
especialmente para entender a dor específica do sexo oposto. A ferida ou a dor
são diferentes nos homens e nas mulheres. Os homens tornaram-se estranhos ao
seu próprio lado sentimental, sua própria natureza feminina. Eles anseiam por
uma conexão verdadeira. E as mulheres precisam se conectar com seu próprio
poder e autoestima novamente. Os homens podem ajudar as mulheres a fazer isto,
mostrando-lhes a verdadeira beleza e força delas. As mulheres podem ajudar os
homens, perdoando-os e assumindo a responsabilidade por si mesmas. Pode haver
uma interação tão bonita entre homens e mulheres!
Embora o caminho espiritual consista basicamente em curar a si
mesmo, está na hora de darem-se as mãos para construírem pontes entre homens e
mulheres. Ao terem verdadeira compaixão e compreensão um pelo outro, vocês também
curam verdadeiramente a si próprios. Vocês se elevam acima da velha batalha e,
permitem que a área da sexualidade volte a ser uma área de alegria e
companheirismo. (...)
Homens e mulheres estão realmente procurando restabelecer a conexão
verdadeira uns com os outros. Existe um peso sobre todos vocês, mas também um
grande potencial de cura.
Essa conexão verdadeira é o
nosso mais puro desejo (ainda que inconsciente), mas a sua realização passa por
um processo complexo de crescimento individual, de auto-observação, de quebra
de padrões, de autorresponsabilização, de ressignificação, de reforma.
É o momento em que transcendemos a situação retratada pela carta dos enamorados do
tarô. É o momento em que saímos do espaço da dúvida e adentramos o campo da
criação de uma nova vida.
E, de repente, descobrimos
que essa conexão não vai acontecer quando estivermos, finalmente, curados. Ela
aconteceu no momento em que, conscientemente, compreendemos as possibilidades
de crescimento e decidimos ingressar nessa jornada.
A partir de então, é como
se vivêssemos muitas vidas em uma só. Uma espiral que nos coloca ora de um
lado, ora de outro, permitindo que experienciemos o ativo e o passivo de cada possibilidade.
Essa semana eu senti uma
profunda insegurança em relação ao meu relacionamento.
Eu tenho consciência de que
quanto mais eu deixo o papel “daquela que agrada” e falo a minha verdade - estabeleço os meus limites-, mais vezes eu passo pelo campo do medo do abandono.
Algumas vezes eu atravesso
esse campo com confiança, outras eu o atravesso com 12 anos, arrastando o meu
taco de bets preferido.
Isso me lembra Jeshua:
A área dos três chakras inferiores é a mais importante para a
auto-cura e o crescimento interior. O maior desafio espiritual para vocês agora
é cuidar desta área ferida em si mesmos. Meditar e se conectar com os níveis cósmicos,
dentro e fora de vocês não é a sua meta principal agora. A sua meta principal
agora é oferecer a compreensão mais gentil e o apoio mais amoroso para a
criança interior dentro de vocês, e restaurar a beleza e a alegria dela. Esta é
a sua jornada espiritual, e nela encontra-se o seu maior tesouro. Cuidar e
respeitar o lado humano de vocês, a parte criança de vocês, é a sua estrada
para a divina compaixão e iluminação.
Não há fatores externos, apenas
fatores internos que são trazidos à luz da consciência.
Conhecendo o meu movimento,
decidi iniciar, mais uma vez, o processo de assimilação e ressignificação desse
sentimento. Lembrei de uma frase de Dêva, um índio Guarani que cruzou o meu
caminho: “a alma precisa estar bem, para que o corpo e a mente sejam curados”.
Por isso, eles sempre iniciam qualquer trabalho reverenciando o Reino Vegetal,
pedindo proteção e auxílio para a limpeza dos campos mais sutis.
Assim eu fiz. Preparei um
banho com sálvia, manjericão, abre-caminho, aroeira, guiné, hortelã e lavanda.
Enquanto eu macerava as ervas com as minhas mãos, eu intencionava a limpeza dos
meus corpos, a proteção e a necessária abertura de consciência para que eu
pudesse passar por essa situação por meio de uma compreensão ainda mais
elevada.
Apaguei a luz e entrei no
banho. A luz cheia estava linda e iluminava todo o banheiro.
Então uma música veio à
minha mente: caboclo Tupinambá. Era a hora de começar o banho de ervas.
Nesse exato momento um
gambá subiu no telhado que fica abaixo da janela do banheiro (eu nunca tinha
visto um gambá na minha casa). Ele ficou lá o tempo exato do banho de ervas,
então desceu.
Eis o significado do gambá
para o xamanismo:
É a medicina do campo de proteção.
Evocar quando precisa mudar de pontos de vistas ultrapassados, para quebrar
paradigmas e encontrar novas formas de ver a mesma coisa. Se proteger
estabelecendo limites para evitar violência e confrontos. Agir com estratégia.
Eu não canso de me
surpreender com as sutilezas do Universo. Tudo conversa: dimensões, reinos,
corpos, intenções. Só precisamos ouvir.
http://www.jeshua.net/por/newage/newage12.htm
http://www.jeshua.net/por/healing/healing5por.htm
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