Tantas e tantas vezes ouvimos sobre
batalhas entre o bem e o mal. Elas estão na Bíblia, nos livros de história, nos
contos infantis. Elas estão dentro de cada um de nós...
Crescemos julgando e condenado os malfeitos
e os malfeitores. Empunhamos as nossas espadas na defesa do bem, oportunidades
em que (talvez inconscientemente) nos esquecemos de que não somos 100% luz.
Certa feita Miguel nos disse:
Vocês não tem que levantar a espada de vocês e muito
menos encarar as dinâmicas da polaridade como uma luta ou uma guerra, sabem por
qual motivo? Pelo motivo de que, quando vocês levantam a espada de um lado,
representando a luz, vocês estão levantando a espada do outro lado também,
representando a escuridão. Vocês precisam entender que enquanto vocês estiverem
sujeitos à dualidade, vocês são luz e trevas ao mesmo tempo e sempre que
levantarem a espada de um lado, estarão levantando do outro lado também e, dessa
forma, vocês começam a lutar contra vocês mesmos. O que acontece depois?
Ataques. Vocês começam a reclamar de que estão sendo atacados pelas forças
escuras. Vocês os chamam de obsessores, de reptilianos, draconianos, de magos
negros, e de um monte de outros nomes, mas o que está acontecendo é que na
mesma proporção de que você está atacando pela luz, também está atacando pela
escuridão.
(http://anovaterraanoum.blogspot.com.br/2017/05/arcanjo-miguel-abaixem-suas-espadas-e.html)
Ou seja, enquanto habitantes de um
orbe em que a dualidade ainda existe, somos uma combinação entre luz e sombra.
Em uma primeira análise nos parece
possível sufocar as sombras por meio da prática do bem, mas, analisando mais
detidamente, é possível que assim também sufoquemos as nossas maiores
possibilidades de crescimento ou de auxílio ao planeta.
São os nossos pontos fracos que nos
mostram o que existe em nós para ser curado. São as sombras ou os ataques que
apontam os nossos pontos de vulnerabilidade, podendo, então, serem considerados
grandes mestres em nossa vida.
Há quem diga, ainda, que os nossos
pontos de vulnerabilidade correspondem às questões que nos comprometemos a
transmutar em prol da elevação de frequência do planeta, em prol da coletividade.
Sufocar o mal (em si) por meio da
prática do bem nos torna fragmentários. Rejeitamos a existência de parte de nós
e, assim, damos surgimento às batalhas internas que se refletem na belicosidade
que tanto repudiamos.
Precisamos olhar para a raiva, para o
ciúme, para a inveja, para os medos e demais sentimentos “menos nobres” que
existem dentro de nós – e não apenas nos outros -, sob pena de permanecermos em
ciclos repetitivos de autossabotagem.
Precisamos ir de encontro à fonte de
todos os nossos sentimentos negativos, em vez de calarmos a sua voz.
Precisamos aceitar que, nesta
roupagem, não somos perfeitos e, até acertarmos, faremos alguns estágios em
erros (leia-se experiências). São degraus necessários à compreensão profunda de
nós mesmos e à sutilização do nosso ser.
Já dizia Jung e, hoje, diz Bert
Helinger: Aquilo a que você resiste, persiste.
Em vão tentamos fugir da nossa bagagem. Nada podemos excluir de nós sem que,
antes, seja honrado como parte da nossa vida, da nossa história. O caminho é
ver, aceitar, acolher e integrar.
Não se trata, portanto, a batalha, de
um lado contra o outro, mas da integração das polaridades a ponto de haver uma
neutralização, a ponto de nos ser possível observar os processos que se
desenrolam dentro de nós, sem nos identificarmos com eles.
Então assim seremos com os outros.
Assim é também se cura o planeta.
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