Despertei, e aí?
Vivemos como se o
despertar fosse o clímax da nossa existência, mas, quando chegamos lá, entendemos
o motivo pelo qual tem esse nome.
Corresponde ao
acordar de um sono profundo, a um passar do sonho para a realidade – o que,
ressalte-se, pode fazer surgir momentos bastante dolorosos.
É o fim da anestesia.
Seguem-se processos
de ressignificação de traumas, de raivas, de medos.
Seguem-se processos
de autorresponsabilização e, certamente, outros bem complicados de liberação de
culpa.
Seguem-se processos
de desidentificação com a família e com os demais sistemas que nos circundam e
nos controlam.
Seguem-se confrontos
profundos entre o ser (livre de conceitos) e o que se pensava ser (construído
por conceitos).
Há tanto para deixar
ir.
Há tanto do que se
desprender... do que se despedir.
A liberdade, há tanto
enjaulada pela mente, não sabe mais ser livre. Mesmo desperta, continua
procurando onde se segurar, procurando conceitos nos quais se possa confiar,
livros que digam onde se pode caminhar com segurança.
Mas não há.
Não há um caminho
certo.
Perde-se, então, a
perspectiva de existe um futuro reservado e planejado para nós, um lugar no
qual chegaremos.
Isso faz toda a
diferença, porque nos faz mudar o jeito de caminhar.
Passamos da pressa à
contemplação, pois não queremos chegar a lugar nenhum, o que nos permite
caminhar com mais tranquilidade e ver um lindíssimo leque de possibilidades.
Passamos a viver o
hoje e, de forma mágica, começamos a ver a vida se desenrolar diante dos
nossos olhos, exuberante, farta, fluida, mutável, cíclica.
Passamos a ver
detalhes outrora invisíveis aos nossos olhares apressados. Será que o caminho
sempre esteve repleto de sinais, como se mostra agora? Flores, números, frases,
sonhos, nuvens, músicas, pessoas. Divinos mostradores do caminho.
Tudo se revela
intimamente conectado e orquestrado, como que esperando por nós, pela nossa
atenção.
Precisamos, apenas,
viver o agora e vivê-lo com amor e intensidade.
Depositar amor em
tudo o que fazemos não apenas fará com que encontremos o nosso propósito, mas fará
também com que, constantemente, sejamos encontrados por ele. Seremos, a todo
momento, lembrados do motivo pelo qual estamos aqui: para fazer real diferença
no meio em que nos encontramos.
Eu escolhi fazer
diferença expondo as minhas experiências, despertando no outro desejo pelo
incrível, abrindo-lhe os olhos para o divino que lindamente se manifesta em minha
vida, ensinando-lhe o prazer do autoconhecimento pelo amor.
Eu escolhi fazer
diferença vendo completamente o outro, não raro, mais profundamente do que ele
mesmo se vê, mostrando-lhe o quanto é lindo lá dentro.
Eu escolhi fazer
diferença criando ambientes agradáveis, leves, alegres.
Eu escolhi fazer
diferença criando os meus filhos de acordo com as minhas próprias verdades,
conforme o meu sentir, tratando-os como seres completos e sábios que apenas se
vestem de criança.
Assim é o meu compromisso com a chama Crística.
Assim ela se
manifesta em mim.
Viva.
👏👏👏👏👏❤
ResponderExcluirAo despertar, o passado obscuro se clareia, nos revelando a beleza da vida, o esplendor da criação, a centelha faiscante de cada vivente.Boa escolhas no seu viver.
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